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Seguro viagem: apólice de até US$ 100 mil pode dar maior segurança

Seguro viagem: apólice de até US$ 100 mil pode dar maior segurança

Para obter um seguro neste valor, o turista tem que desembolsar R$ 354,79 para uma viagem de uma semana

Publicado em 3 de março de 2020 às 16:29

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Buenos Aires, Argentina: um dos destinos na América Latina, exemplo utilizado para calcular o valor do seguro-viagem. (divulgação)

Numa viagem de férias ninguém espera precisar de serviços médicos. Imprevistos, no entanto, podem acontecer e o turista acabar numa enrascada. Isso porque são poucos os países ao redor do mundo que oferecem um sistema público hospitalar. Logo, as despesas com internações podem iniciar uma bola de neve.

Durante férias com a família em Cancún, no México, um médico capixaba cortou-se ao nadar próximo a corais e foi hospitalizado. O cirurgião-geral Francisco Mazzini, de 66 anos, não resistiu. As despesas ultrapassaram os R$ 250 mil. 

Muitos países obrigam os viajantes a fazer um seguro viagem antes de entrar no país. Existem diferentes preços e serviços oferecidos por seguradoras. Quem opta pelo menor preço pode não ter o melhor serviço. De acordo com especialistas, uma apólice de US$ 100 mil já seria o suficiente para cobrir as despesas médicas – no entanto, existem apólices que cobrem até US$ 300 mil, mas são mais caras.

US$ 100 mil
É considerado o suficiente para cobrir as despesas médicas em caso de um imprevisto com a saúde no exterior

“O custo do seguro é relativamente baixo, considerando todas as proteções que o serviço oferece. Os preços variam de acordo com o número de dias da viagem, o local de destino e os benefícios”, conta Roberto José Andrade de Araújo, representante do Sindicato dos Corretores de Seguros e de Empresas Corretoras de Seguros no Estado do Espírito Santo (Sincor-ES).

Para se ter uma ideia, uma seguradora nacional cobra R$ 154,21 pelo seguro básico em uma viagem de uma semana para países da América Latina. Esse seguro dá direito a gastos de US$ 15 mil em despesas médicas, R$ 100 mil no caso de morte acidental ou invalidez permanente, US$ 15 mil de traslado médico, entre outros serviços.

A mesma empresa cobra R$ 354,79 num pacote “ouro” dando US$ 100 mil para gastos com despesas médicas, R$ 500 mil no caso de morte acidental ou invalidez e US$ 50 mil de traslado médico, entre outros serviços.

Ou seja, com uma diferença de R$ 200 a cobertura para despesas médicas, por exemplo, aumenta em US$ 85 mil – cerca de R$ 380 mil nos valores de hoje.

Uma apólice de US$ 100 mil já é considerada “plano ouro”, mas existem outros serviços ainda mais completos. Mantendo o mesmo exemplo de uma viagem de uma semana para um país da América Latina, o seguro pode custar até R$ 850.

Por esse valor, o passageiro teria direito a uma assistência médica de até US$ 300 mil, R$ 250 mil no caso de morte acidental e US$ 50 mil de traslado médico, entre outros serviços.

O advogado Luiz Alberto Leal, da Motta Leal Advogados, destaca que os turistas que forem contratar tais seguros devem ficar atentos às cláusulas de exceção de cobertura. “Às vezes, os seguros não cobrem se o turista estiver praticando um esporte radical, ou em caso de doenças pré-existentes, por exemplo”, alerta.

“Mulheres grávidas e adultos acima dos 70 anos também podem ter preços diferenciados na contratação desses serviços”, acrescenta.

MAIS DE 30 PAÍSES COBRAM SEGURO VIAGEM DE TURISTAS

De acordo com o Itamaraty, a contratação de um seguro viagem é obrigatória em mais de 30 países ao redor do globo terrestre. Em alguns casos, sem o seguro o viajante nem sequer consegue passar pela imigração do país de destino.

Entre os que exigem o seguro estão os que assinaram o Acordo de Schengen – uma convenção entre países europeus que permite a livre circulação de pessoas. Integram tal acordo países como Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, Reino Unido, entre outros. Os tais países exigem uma cobertura médica de no mínimo € 30 mil.

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Venezuela, Cuba e Austrália também exigem o seguro, mas o valor varia de acordo com as regras de cada país. Estados Unidos, países das Américas Central e do Sul não fazem tais exigências para os viajantes.

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