Repórter / [email protected]
Publicado em 12 de abril de 2022 às 20:11
Oito postos de combustíveis da Grande Vitória foram interditados na Operação Naftalina, deflagrada na manhã desta terça-feira (12) pela Polícia Federal. As investigações apontam que o esquema criminoso, que seria comandado por um miliciano do Rio de Janeiro, adulterava e vendia gasolina nessas unidades, localizadas principalmente em Cariacica e Vila Velha. >
Abastecer com gasolina ou etanol adulterado pode provocar diversos danos ao veículo, principalmente ao motor, pois a combustão (queima) não acontece de forma correta.
>
A Agência Nacional do Petróleo (ANP), que é o órgão responsável por fiscalizar a qualidade dos combustíveis no país, dá dicas para que os motoristas auxiliem nessa tarefa identificando locais que possam estar cometendo irregularidades. Veja abaixo como saber se o combustível está adulterado, segundo recomendações da autarquia: >
>
Os postos devem informar claramente de onde vêm seus produtos. Quando o estabelecimento compra de um único fornecedor, em geral a bandeira está estampada na entrada do posto (postos de bandeira BR, por exemplo, compram da Vibra, antiga BR distribuidora). >
No caso dos postos de bandeira branca, que adquirem combustível de diversos fornecedores, o nome da empresa de origem deve estar em cada bomba e precisa conter o nome fantasia, se houver, a razão social e o CNPJ do distribuidor fornecedor do respectivo combustível.>
Caso o motorista desconfie que a gasolina possa estar adulterada, ele tem o direito de pedir que seja feito o teste da proveta. Dessa forma, é possível identificar a quantidade de etanol anidro no combustível e saber se está dentro das regras da ANP. >
No caso de gasolina comum ou aditivada, em uma proveta de 100ml, o frentista deve adicionar 50ml de gasolina e 50ml de uma solução feita de água e sal de cozinha. >
Depois de misturado, o etanol que estava na gasolina é transferido para a água. Após um repouso de 10 minutos fica visível a separação dos líquidos com a gasolina na parte superior da proveta. O correto é que o líquido incolor, resultante da mistura de água, sal e etanol, preencha um volume de 63ml (mais ou menos 1). >
Se o volume for superior a este, a gasolina não está conforme com as especificações da ANP. Para gasolina premium o percentual permitido pela ANP é de 25% de etanol, neste caso, resultante da mistura de água, sal e etanol preenche um volume de 62ml (mais ou menos 1). >
Caso o motorista constate situação diferente, deve entrar em contato com o Centro de Relações com o Consumidor da ANP, através do telefone 0800 970 0267 ou do Fale Conosco no site da ANP. >
Segundo a ANP, é obrigação do posto revendedor de combustíveis ter todos os equipamentos necessários para fazer análises da gasolina, óleo diesel e etanol hidratado, sempre que solicitado pelo consumidor. Também precisa ter funcionários treinados para os testes de qualidades ao consumidor.>
No caso do etanol, ele deve ter teor alcoólico entre 92,5% e 95,4%. O produto premium precisa ter entre 95,5% e 97,7%. É obrigatório que os postos tenham um aparelho chamado de termodensímetro fixado ao lado das bombas abastecedoras de etanol. >
O motorista deve observar o nível indicado pela linha vermelha, que precisa estar no centro do termodensímetro - não pode estar acima da linha do etanol. Também é importante verificar se o etanol está límpido, isento de impurezas e sem coloração laranja ou azul.
>
Abastecer com combustível adulterado ou mesmo com nafta pode causar vários prejuízos ao carro, pois a queima de combustão não ocorre da maneira correta. O motor pode sofrer vários danos. Um dos problemas pode ser a avaria no cabeçote. As velas podem também ficar entupidas, além de haver risco de formação de resíduos no motor.
>
A primeira coisa é guardar a nota fiscal, para que o consumidor possa provar que caiu em uma armadilha. Caso haja dano no carro que possa ter sido provocado pelo combustível de má qualidade, a ANP recomenda que o motorista procure um órgão de defesa do consumidor, como o Procon.
>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta