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Novo gasoduto deve ligar campos de óleo e gás do ES até Belo Horizonte

Novo gasoduto deve ligar campos de óleo e gás do ES até Belo Horizonte

Com a aprovação do novo mercado de gás e a consequente redução do preço do insumo, os Estados de Minas e do Espírito Santo devem atrair uma avalanche de investimentos privados para distribuir e tratar gás

Publicado em 17 de fevereiro de 2020 às 20:46

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Investidores já estariam interessados em construir um gasoduto com 450 quilômetros de extensão. (Jussara Peruzzi/Petrobras)

Um novo gasoduto ligando campos do pré-sal no Litoral Sul do Espírito Santo até a região de Belo Horizonte, em Minas Gerais, está na mira da iniciativa privada. Com a aprovação do novo mercado de gás e a consequente redução do preço do insumo, o Estados de Minas e do Espírito Santo devem atrair uma avalanche de investimentos privados para distribuir e tratar gás, além de atrair novas indústrias.

Essa é a estimativa das federações das indústrias de Minas (Fiemg) e do Espírito Santo (Findes), e dos governos dos dois Estados. A projeção foi dada durante o lançamento do Plano Estratégico MG/ES nesta segunda-feira (17).

A Gazeta apurou que já há investidores interessados em construir um gasoduto de transporte que teria 450 quilômetros de extensão, saindo do Porto Central em Presidente Kennedy e ligando até Belo Horizonte. Para isso, no entanto, seria preciso que a redução do preço da molécula do gás se confirmasse na prática.

O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, ressaltou que Minas Gerais consome de gás a mesma quantidade do Espírito Santo sendo um Estado cinco vezes maior. Isso se deve, sobretudo, pela falta de gasodutos que levem o insumo para o Estado vizinho, uma vez que os mineiros não produzem nem petróleo nem gás natural. Com isso, a rede de distribuição de gás em Minas é limitada quase que exclusivamente à região da Grande BH.

OUTROS INVESTIMENTOS DO SETOR DE GÁS

O Plano Estratégico prevê ainda a necessidade de outro gasoduto: a rota 6A, que vai ligar a produção dos campos do Parque das Baleias, no Litoral capixaba, até o Porto Central, em Kennedy. Só esse gasoduto deve demandar R$ 1,9 bilhão em investimentos segundo estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Outra expectativa dos dois Estados é que esses novos gasodutos levem à implantação de uma nova Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) no Espírito Santo. Hoje o Estado já possui duas, uma em Linhares e outra em Anchieta.

A projeção do plano é que esses investimentos no setor de gás atraiam R$ 8,9 bilhões em investimentos para os dois Estados nos próximos anos. O presidente da Findes, Léo de Castro, afirmou que todas essas iniciativas se darão a partir da aprovação do projeto que tramita no Congresso. Segundo ele, a mudança na lei tem potencial para fazer o gás chegar mais barato para a indústria e para a população.

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"Nós temos uma grande oportunidade com essa mudança no mercado de gás, com uma expectativa de redução de 70% no preço do gás. Isso não precisa de investimento, é apenas a mudança no marco regulatório. É a interação com a bancada federal que fará isso chegar ao Brasil todo."

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