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No ES, economistas defendem revisão de gastos e reforma administrativa

No ES, economistas defendem revisão de gastos e reforma administrativa

Ideia é economizar em gastos obrigatórios para que mais investimentos possam ser feitos em infraestrutura e programas sociais, por exemplo. Representantes do setor econômico debateram assunto em evento em Vitória

Publicado em 1 de novembro de 2019 às 15:57

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Guilherme Leal, Marcos Magalhães e Paulo Hartung participaram do 7º Fórum Liberdade e Democracia de Vitória. (Giordany Bozzato)

Representantes do setor econômico que participaram na manhã desta sexta-feira (1º) do 7º Fórum Liberdade e Democracia de Vitória defenderam a revisão dos gastos obrigatórios dos governos, bem como a reforma administrativa.

Na opinião deles, a reforma tributária, anteriormente vista como um dos principais pontos a serem alterados, pode ficar para um outro momento, tendo em vista a dificuldade de consenso sobre o assunto.

A economista chefe do banco Santander, Ana Paula Vescovi, acredita que a população deve sentir uma retomada da economia a partir do ano que vem - com o Produto Interno Bruto (PIB) do país podendo crescer 2% em 2020 e 3% em 2021.

“Sempre vi a reforma da Previdência como parte de um processo crucial para que a gente começasse a destravar a economia brasileira. Acho que agora a gente tem a abertura de um horizonte para enfrentar uma agenda extensa, mas que vai ser muito boa para o Brasil,” disse Vescovi.

“A emergência, na minha opinião, é focar na redução de gastos obrigatórios e aumentar os gastos discricionários sem ultrapassar o teto de gastos. É deixar mais dinheiro livre para as escolhas da sociedade - investimentos públicos, programas sociais, etc”, acrescentou.

O co-presidente do Conselho de Administração da Natura, Guilherme Leal, destaca a conclusão da reforma previdenciária. “Temos coisas positivas acontecendo no âmbito das reformas, mas existem situações em que gostaríamos de ver um diálogo mais civilizado por parte dos agentes políticos e econômicos”, comenta.

“A reforma da Previdência foi um grande feito. A reforma tributária é fundamental, mas muito complexa. Tem também a administrativa, que é muito importante. Temos um conjunto de reformas que me parece bastante relevante. Vamos ver o que é possível ser feito”, pondera.

RETOMADA DO CRESCIMENTO

O economista e ex-governador Paulo Hartung (sem partido) vê que os problemas internos do Brasil têm dificultado a retomada do crescimento, além disso, segundo Hartung, o panorama internacional também não está favorável.

“Quando se olha para o mundo, a gente vê que ele está andando de lado. Isso é ruim para o Brasil. Europa não está bem, China não está bem e o próprio Estados Unidos começa a soluçar. A nossa retomada está difícil por problemas internos, tem corrente amarrada no pé da gente”, ilustra.

“Agora, é possível ter uma trajetória lenta, mas positiva. Para isso é preciso seguir com as reformas, fazer a reforma do ‘RH’ do setor público, que é um ralo das contas públicas, depois, se ganhar força, fazer uma reforma tributária para, pelo menos, simplificar o sistema, mexer na microeconomia, entre outras ações”, conclui.

EDUCAÇÃO

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O presidente do Instituto Corresponsabilidade pela Educação (ICE), Marcos Magalhães, também participou do painel da manhã do Fórum Liberdade e Democracia. Ele defendeu a importância de um ensino Fundamental e Médio de qualidade - sobretudo no que se liga ao desenvolvimento tecnológico, tendo em vista que em 10 anos o mercado de trabalho deverá ser totalmente diferente.

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