Publicado em 3 de fevereiro de 2020 às 11:37
Uma greve contra demissões em massa paralisou parte do transporte de petróleo no Espírito Santo. De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro), todos os trabalhadores - cerca de 150 - da base 61 da Petrobras, localizada em São Mateus, cruzaram os braços. >
A ação é nacional e em todo o Brasil a greve mobiliza cerca de oito mil petroleiros, segundo informa a Federação Única dos Petroleiros (FUP). A greve está sendo registrada em 17 bases da Petrobras em dez Estados: Amazonas, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, além do Espírito Santo. >
A paralisação de hoje não impactou a produção, mas sim o transporte do petróleo que é feito pelas carretas aqui no Estado. Amanhã vamos fazer a greve em outro ponto e aí sim pode haver paralisação da produção, diz o coordenador interino do Sindipetro, Valmisio Hoffmann.>
Segundo Hoffmann, o início da greve na base de São Mateus foi estratégica. A Petrobras já anunciou que vai fechar a base 61 aqui em São Mateus até o fim do ano. Os trabalhadores vão ficar sem emprego e não podemos ver isso sem fazer nada, destaca Hoffmann. Segundo ele, a empresa já demitiu quase 400 empregados concursados no Paraná e mais de mil terceirizados.>
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Durante a manhã desta segunda-feira (3), os grevistas chegaram a fechar a BR 101, em São Mateus. A rodovia ficou fechada por cerca de 20 minutos. Os manifestantes disseram não terem planos para fechar a BR na parte da tarde.>
Por meio de nota, a Petrobras afirmou que "considera descabidas as justificativas apresentadas pelos sindicatos, uma vez que todos os compromissos firmados na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho vigente vêm sendo integralmente cumpridos".>
"A Companhia vem atuando para garantir o acesso normal às unidades e o revezamento de turnos dos seus profissionais, ainda que se faça necessária a busca da Justiça, para fazer valer seus direitos, tendo obtido decisões liminares que garantam a continuidade e a segurança das operações. É válido lembrar que a companhia respeita integralmente todas as decisões da Justiça e espera o mesmo comportamento dos sindicatos que representam a categoria dos petroleiros, e também de seus empregados", informa a empresa.>
"A Companhia destaca que todas as medidas previstas nos padrões da empresa e na legislação trabalhista serão aplicadas quando cabíveis. Ressaltamos a imperatividade do cumprimento dos contratos de trabalho e da garantia das condições adequadas de operação. Destacamos que, até o momento, nossas unidades seguem operando dentro dos padrões de segurança, com acionamento de equipes de contingência quando necessário", completa o texto.>
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