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Coronavírus provoca queda de 50% no movimento de shoppings

Coronavírus provoca queda de 50% no movimento de shoppings

Segundo presidente da Fecomércio,  José Lino Sepulcri, a diminuição na quantidade de gente circulando nos pontos de compras foi sentida principalmente no final de semana passado

Publicado em 17 de março de 2020 às 09:31

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Movimentação de pessoas nos shoppings já começou a cair por conta do coronavírus . (Fernando Madeira)
Coronavírus provoca queda de 50% no movimento de shoppings

A movimentação nos shopping centers do Estado caiu cerca de 50% no último fim de semana, segundo avaliou o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio), José Lino Sepulcri.

Segundo Sepulcri, também houve redução do faturamento, mas este ainda não foi calculado. “Essa diminuição já estava prevista por causa do carnaval, mas a queda foi maior neste fim de semana”, comenta José Lino destacando que parte da dimunição é por conta do período pós-carnaval e outra parte por causa do avanço do coronavírus.

Os shoppings da região da Grande Vitória foram questionados sobre o assunto, mas informaram que a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) é quem se posicionaria em nome de todas as empresas.  A instituição limitou-se a dizer que acompanha atentamente o avanço do coronavírus no país e se mantém, permanentemente, em contato com as autoridades para entender a situação a fim de minimizar os possíveis riscos.

Na manhã desta segunda-feira (16), o presidente da Fecomércio esteve reunido com representantes de diversos sindicatos e foi atualizado sobre o panorama atual. De acordo com José Lino, outros setores que também já começam a apresentar impactos são os de bares e casas noturnas e o de Turismo. Assim como os shoppings, no entanto, não foi feita estimativa de perda desses setores.

Marcelo Bethônico, representante da Câmara Empresarial de Turismo, avalia que o primeiro semestre já foi praticamente perdido. “Este setor é o mais afetado. Praticamente todos os eventos do primeiro semestre foram cancelados ou postergados”, comenta Bethônico, que ainda está apurando os efeitos financeiros da crise.

SEM RISCO DE DESABASTECIMENTO

Se tem um setor que não está sofrendo os impactos do surto do coronavírus é o de supermercados. De acordo com José Lino, existe até a possibilidade de que eles passem em atender em horário ampliado.

“Os supermercados tiveram bom funcionamento no último fim de semana. Existe uma preocupação grande da população em se abastecer, mas é importante dizer que não há risco de que desabastecimento. Os supermercados estão com estoque em dia, vão continuar abrindo aos domingos e podem até ter um horário estendido”, afirmou.

Segundo José Lino, chegou a ser levantada a possibilidade de se fechar o comércio, mas durante a reunião desta segunda a ideia foi rejeitada pelos participantes. “Entendemos por unanimidade que não há necessidade de fechamento, nem redução do horário de expediente. O que precisamos é tranquilizar as pessoas de que o comércio continuará funcionando”, acrescentou.

COMITÊ PARA TOMAR DECISÕES MAIS RÁPIDAS

Um comitê com seis representantes dos setores comerciais do Espírito Santo foi criado para tomar decisões e informar aos funcionários caso haja alguma modificação nas orientações da Fecomércio.

Participam desse comitê José Lino Sepulcri (Fecomércio), Rodrigo Rocha (Sindicomerciários), José Carlos Bergamin (Lojistas), Marcelo Bethônico (Turismo), Luis Coutinho (Varejistas), João Falquetto e Hélio Schneider (Associação Capixaba de Supermercados, Acaps).

“A preocupação do comitê é ver de que forma podemos orientar, ajudar os segmentos mais afetados. Indicar como agir com mais segurança para que haja uma confiabilidade do cliente e também dos empregados”, diz Marcelo Bethônico.

Representantes dos setores também disseram que estão tomando medidas para evitar o contágio entre empregados e clientes. Por meio de nota, o Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Espírido Santo (Sindbares), informou que bares e restaurantes já praticam normas de higiene bem rígidas e que seguem os melhores e mais sérios padrões de higiene.

Já a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) informou que iniciou uma campanha orientando que pessoas que já tenham contratado viagens não cancelem os contratos, mas adiem a partida.

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“Isso contribuirá com a sustentabilidade de uma série de empresas dos mais variados segmentos que estão sendo impactados duramente pela crise do Covid-19. Nossas agências de viagens associadas estão dando todo suporte nesse atendimento aos seus clientes com as remarcações e renegociações necessárias com os fornecedores”, informou a nota da Abav.

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