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Subsecretário explica recorde de 59 mortes em 24h por Covid-19 no ES

Subsecretário explica recorde de 59 mortes em 24h por Covid-19 no ES

Em entrevista à TV Gazeta, Luiz Carlos Reblin comentou a informação divulgada nesta segunda-feira (22) e reforçou:  "Essa doença não acabou entre nós”

Publicado em 23 de junho de 2020 às 09:32

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O subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, em entrevista à TV Gazeta
O subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, em entrevista à TV Gazeta. (Reprodução / TV Gazeta)

Nesta segunda-feira (22), o Espírito Santo registrou 59 mortes por Covid-19 - recorde de óbitos para um único dia desde o início da pandemia. Mas, segundo o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, alguns desses óbitos registrados nesta segunda não são exclusivamente deste dia.

Subsecretário explica recorde de 59 mortes em 24h por Covid-19 no ES

Em entrevista ao Bom Dia Espírito Santo, da TV Gazeta, Reblin explicou que as informações de óbitos que ocorrem no fim de semana não chegam rapidamente para serem cadastradas e divulgadas oficialmente no Painel Covid-19. Por isso, mortes que aconteceram dois ou até três dias antes foram confirmadas apenas nesta segunda-feira (22).

“Os óbitos que ocorrem no fim de semana, a informação não flui tão rapidamente como durante a semana. Então, a maioria dos óbitos divulgados no painel ontem (22) são de dois dias, alguns de três dias anterior. Então, esse número se acumula e, quando é divulgado, é divulgado em um único dia. Mas os óbitos também são de dias anteriores”, disse.

Nos dias de semana, a contabilização dos óbitos acontece de forma mais acelerada. Segundo Reblin, o processo de confirmação de mortes por Covid-19 acontece normalmente em 24 horas, ou, no máximo, em 48 horas de segunda a sexta. Em um período normal, fora de uma pandemia, essa investigação dura até dois meses.

“A gente consegue apurar mais rapidamente (nos dias de semana). Em um prazo de 24 horas, a gente tem a maioria dos óbitos já divulgados, e o prazo máximo é de 48 horas. Uma atividade que, no período normal, sem pandemia, é realizada em 60 dias uma investigação de doenças transmissíveis. E, nesse período, a gente está fazendo esse esforço grande para que no máximo em dois dias a gente tenha a maioria dos óbitos divulgados”, explicou.

Questionado especificamente sobre os 59 óbitos desta segunda, o subsecretário disse que do total, “25 eram do dia anterior (domingo) e cinco de ontem (segunda-feira)”, que dá um total de 30 óbitos e não bate com a quantidade de mortes informadas no painel. A Secretaria de Estado da Saúde foi procurada para uma melhor explicação destes números e também para informar onde essas mortes aconteceram. Esta matéria será atualizada assim que a resposta for recebida pela reportagem.

Painel Covid-19, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), onde são divulgados os números gerais sobre a Covid-19 no Espírito Santo
Painel Covid-19, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), onde são divulgados os números gerais sobre a Covid-19 no Espírito Santo. (Reprodução)

OCUPAÇÃO DE LEITOS É “SEGURA”

Questionado sobre a ocupação de leitos de UTI e as condições estruturais da rede pública estadual para atender pacientes com a Covid-19, Reblin afirmou que a taxa de ocupação atual é segura e que o Estado conta com um planejamento de ampliar ainda mais os leitos de UTI. Apesar disso, reforçou a necessidade da população aumentar o isolamento social para controle da doença.

“Nós fizemos um planejamento de chegar a 800 leitos de UTI. Hoje, temos cerca de 660 leitos de UTI, muito perto do nosso planejamento. Ontem, a taxa de ocupação era de 81,7%. Essa taxa é segura para nós, conseguimos manejar os pacientes de maneira adequada. Só que, se o isolamento social e a circulação de pessoas cair aos limites que a gente tem observado no fim de semana e início desta semana, essa taxa corre o risco de se aproximar de 90%, e leitos de UTI ocupados em mais de 90% significa medidas restritivas de circulação geral. Por isso, a gente pede a população para que permaneça em casa, porque essa doença não acabou entre nós”, finalizou.

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