> >
Rodoviários do ES prometem suspender manifestações até o fim das negociações

Rodoviários do ES prometem suspender manifestações até o fim das negociações

Após audiência no Tribunal Regional do Trabalho do ES, Sindirodoviários e Governo do Estado aceitaram negociar sobre a situação dos cobradores e sindicato prometeu que não haverá novas manifestações

Publicado em 7 de janeiro de 2021 às 22:32- Atualizado Data inválida

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
No centro de Vitória
Protesto dos rodoviários em Vitória. (Carlos Alberto Silva)

Após uma audiência de mediação ocorrida na tarde desta quinta-feira (07) no Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES), presidida pela desembargadora Ana Paula Tauceda, houve a definição de que as manifestações dos rodoviários para a volta dos cobradores às roletas deverão ser suspensas.

De acordo com o representante jurídico do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários), na audiência de hoje (07) foram convocadas as empresas, que são autoras do dissídio coletivo, o sindicato dos trabalhadores, o Estado, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT).

"A audiência se desenrolou dentro do que é determinado e a desembargadora perguntou se haveria possibilidade de acordo pelas partes. Depois ela fez reuniões em separado conosco, pontuou algumas coisas e nos ouviu, já conhecia o nosso pleito. Ouviu também o Estado, principal ator da situação, sendo que as empresas hoje estão como coadjuvantes no caso, e, após ouvi-los, retomou a audiência para saber se havia possibilidade de nós ingressarmos em uma mediação conduzida pelo procurador do trabalho, para definir, dentro do que é aceitável para as partes, critérios para a volta dos cobradores", afirmou.

Segundo o representante, o início da próxima semana será marcado pela nova audiência, com proposta do MPT. "A situação poderá ser resolvida em uma ou se desenrolar em mais audiências. Nós, enquanto sindicato, firmamos o compromisso de não realizar nenhum tipo de manifestação enquanto durar a negociação no MPT. E as empresas também firmaram compromisso de não praticarem atos que incentivem o trabalhador a não se manifestarem, de coerção ou intimidação. Amanhã (08) tínhamos um movimento previsto para acontecer em uma parte da Grande Vitória, mas não ocorrerá até que se encerrem as negociações. Esperamos francamente que consigamos definir a data para o retorno dos cobradores e que a sociedade entenda o nosso lado na luta", concluiu.

Demandadas pela reportagem, a Ceturb, a GVBus e a PGE ainda não se manifestaram. Esta publicação será atualizada quando houver respostas.

PROTESTO NESTA QUINTA-FEIRA (07)

A quinta-feira (7) começou com mais um protesto dos rodoviários, que travou o trânsito por mais de uma hora na Serra e terminou às 7h10. Nas primeiras horas do dia, rodoviários enfileiraram os coletivos na Avenida Norte Sul e deixaram apenas uma faixa liberada, complicando o trânsito nas proximidades do Terminal de Carapina. A entrada do terminal permaneceu bloqueada por mais de uma hora.

Como reflexo da manifestação na Avenida Norte Sul, muitos motoristas optaram pela BR 101, o que também gerou um congestionamento na rodovia federal no sentido Vitória. A lentidão na 101 começou no viaduto de Carapina e se aproximou da região de Laranjeiras.

Os cobradores estão afastados da função desde maio, quando o governo do Estado passou a aceitar apenas o cartão de passagem como forma de pagamento, justificando que o dinheiro físico é um vetor de transmissão do coronavírus.

Os mais de 3,5 mil profissionais afastados foram incluídos no programa de redução ou suspensão da jornada de trabalho do governo federal. Com o fim do programa, eles podem voltar ao trabalho, mas em outras funções. Segundo o governo do Estado, o afastamento dos cobradores está atrelado ao fim da pandemia de coronavírus.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais