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Publicado em 14 de março de 2022 às 14:18
Os pais dos alunos da rede municipal de ensino de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, reclamam do cardápio da merenda oferecida aos filhos. Isso porque a única proteína que tem aparecido no prato dos estudantes é o ovo. De acordo com o município, desde o ano passado, houve um problema no abastecimento de carne junto ao fornecedor. >
Segundo os pais, o cardápio geralmente possui arroz, feijão, ovos mexidos e salada de repolho. A situação preocupa a mãe Anete Madeira Santana. >
“Minha preocupação é que desde o ano passado está com este problema. Só é servido arroz, pepino, abóbora e não tem a carne. Só ovo, todos os dias. Se a prefeitura sabia do problema, por que não correu atrás? Muitas mães querem tirar os filhos do tempo integral por conta disso”, disse a mãe, em entrevista à repórter Bruna Hemerly, da TV Gazeta. >
Anete Madeira Santana
Mãe de alunoA situação se repete em todas as 81 escolas municipais da cidade. São quase 20 mil alunos recebendo a mesma alimentação. Segundo a Secretaria de Educação, a carne começou a faltar nas escolas em novembro do ano passado. >
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Por meio de nota, a pasta justificou que a interrupção do fornecimento aconteceu porque a única empresa habilitada pelo processo licitatório para fornecer a carne não cumpriu com as cláusulas, inviabilizando a efetuação da compra.>
A prefeitura disse que um novo processo foi aberto e o resultado homologado nesta sexta-feira (11). A expectativa é de que a entrega dos produtos às escolas seja iniciado ainda nesta semana. Veja a nota na íntegra.>
A Secretaria Municipal de Educação (Seme) de Cachoeiro de Itapemirim tem trabalhado de forma incessante para reabilitar o fornecimento de carnes para a merenda das escolas municipais. >
Esse empenho fica demonstrado desde a interrupção do fornecimento, que se deu no início de novembro de 2021, em razão de a única empresa habilitada pelo pregão realizado para aquisição dos produtos não cumprir com as cláusulas contidas na correspondente Ata de Registro de Preços (017/2021), inviabilizando a efetuação da compra.>
Foram inúmeras as tentativas por parte da Seme, junto à empresa fornecedora, para que as pendências demonstradas fossem resolvidas, mas não houve sucesso.>
Diante disso, ainda em novembro, foi iniciado um novo pregão licitatório para aquisição da proteína. Esse processo teve seu resultado homologado nesta sexta-feira (11) e a expectativa é de que a entrega dos produtos às escolas seja iniciado ainda na próxima semana. >
Importante destacar que, paralelamente, como forma de tentar restabelecer o fornecimento de carnes em menor tempo, a Seme chegou a realizar todos os procedimentos para uma compra emergencial dos produtos. >
No entanto, as cotações de preço recebidas das empresas que tiveram interesse em realizar a entrega de forma emergencial e imediata estão superiores aos preços médios da licitação em andamento.>
Considerando que os preços estão até 30% mais altos, que já há uma licitação em fase de conclusão e que há alimentação escolar adequada em todas unidades de ensino, com nutrientes suficientes para suprir as necessidades dos alunos (cereais, verduras, legumes, frutas, biscoitos, leite e ovos), a Seme e o Conselho Municipal de Alimentação Escolar – que tem acompanhado e apoiado as ações da pasta nesse processo – entendem que não seria adequado executar essa aquisição mais onerosa para o município.>
A Seme reforça que o cardápio da alimentação escolar na rede municipal de ensino é elaborado de forma criteriosa por nutricionistas, visando assegurar a oferta de uma alimentação equilibrada, que atenda a todas as necessidades nutricionais dos estudantes. Para suprir a ausência temporária de carne, outras fontes de proteína têm sido usadas, sem prejuízo para a saúde dos alunos.>
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