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Mergulhão de Camburi: duas faixas por via devem ficar liberadas durante obra

Mergulhão de Camburi: duas faixas por via devem ficar liberadas durante obra

Obra está na fase de instalação do canteiro e prefeitura ainda precisa realocar redes de água e gás; mergulhão deve ficar pronto em dois anos

Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 09:38

Com a promessa de reduzir o tempo de travessia no cruzamento da Avenida Dante Michelini com a Rua Gelu Vervloet dos Santos, conhecida como Rodovia Norte Sul, a obra do Mergulhão de Camburi já está em curso. A afirmação foi feita pelo secretário de Obras de Vitória, Gustavo Perin, em entrevista à Rádio CBN Vitória. A primeira etapa consiste na derrubada de uma área da mata do Aeroporto de Vitória para a instalação do canteiro, como mostrou A Gazeta.

O projeto para a construção do Mergulhão de Camburi ainda vai demandar alterações no trânsito durante as obras, o que já é estudado pelos responsáveis pela execução do projeto. A intenção, de acordo com o secretário de Obras, é que pelo menos duas pistas fiquem liberadas em cada via, no período de intervenção na avenida.

“Então, se o motorista está saindo da Norte Sul sentido Mata da Praia, Jardim da Penha e Praia do Canto, por exemplo, vai se deparar com duas faixas e depois volta a ter três faixas mais à frente na Dante Michelini”, detalhou Perin.

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Mergulhão de Camburi: duas faixas por via devem ficar liberadas durante obra

O secretário também explicou que o estacionamento próximo ao antigo Hotel Canto do Sol deve ser inutilizado, abrindo assim mais uma pista para melhorar o fluxo do trânsito na região durante as obras.

Em relação à ciclovia que acompanha o fluxo da Norte Sul, o secretário explica que os ciclistas terão que usar, provisoriamente, o lado oposto da via para seguir em direção à Serra, já que a pista atual fica próximo à área de instalação do canteiro de obras.

Mudanças nas redes de água e gás

Antes de iniciar a construção propriamente dita do mergulhão, a Prefeitura de Vitória ainda precisará realocar redes de água e de gás para que as escavações possam avançar.

"Temos uma expectativa de 24 meses para a execução das obras. Ali, em uma área de 15 mil metros quadrados, teremos que fazer readequações, que devemos terminar até maio de 2025"

Gustavo Perin

Secretário de Obras de Vitória, em entrevista à Rádio CBN Vitória no dia 27 de janeiro

Questionadas pela reportagem, Cesan e ES Gás, responsáveis pelo abastecimento de água e gás em Vitória, respectivamente, explicaram, por meio de nota, a situação atual em relação às readequações.

Segundo a companhia de gás, já está em andamento um alinhamento com a prefeitura para a realização das obras. "A ES Gás possui rede na região de intervenção do projeto e avalia com a prefeitura o remanejamento dessa rede para o início das obras", diz a nota.

A Cesan, por sua vez, cita que "não foi formalmente comunicada sobre o assunto e, portanto, não iniciou tratativas com a administração municipal a respeito".

Custo x Benefício

A obra deve custar R$ 77,5 milhões à Prefeitura de Vitória e, com o investimento, a previsão é que a construção do mergulhão reduza o tempo de travessia da interseção, que hoje é de 88 segundos, para 10 segundos.

Quando questionada sobre opções mais baratas aos cofres públicos, a gestão municipal afirmou que existem, sim, ações que custariam menos, como agentes de trânsito em horários de pico ou semáforos inteligentes. Entretanto, para justificar a necessidade do mergulhão, Gustavo Perin disse que foram feitos estudos projetando o aumento no fluxo de pessoas e carros na região nos próximos dez anos.

“Tudo foi estudado para validar ou não a viabilidade dessa intervenção e notamos que já havia uma saturação. Numa escala que vai de A até F, essa região está no nível E, quase no pior nível de serviço. Ou seja, devido ao aumento do fluxo vindo da Serra, Vitória está absorvendo um trânsito metropolitano e, como consequência, tem sua mobilidade comprometida. Por isso o mergulhão seria a melhor opção”, ponderou Perin.

O objetivo da obra é melhorar a circulação, a mobilidade e a fluidez do bairro Jardim Camburi com uma livre passagem na região, extinguindo os semáforos.

O estudo feito pela Secretaria de Obras de Vitória (Semob) apontou que a velocidade média dos veículos que transitam pelo trecho — parando nos semáforos e enfrentando as retenções — hoje é de 2 km/h e vai passar para 33 km/h com os dois mergulhões. No planejamento da prefeitura, o projeto pode ser definido como uma interseção em dois níveis com duas passagens inferiores (mergulhões). O percurso pela Avenida Dante Michelini seguirá no mesmo nível em ambos os sentidos.

Uma das pistas que vão passar por baixo da Dante Michelini será para quem sai da Norte Sul em direção à Vale. E a outra será de quem vem de Jardim da Penha e precisa acessar a Norte Sul em direção à Serra. Todos as pistas vão ter três faixas de rolamento.

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