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Ex-policial é condenado a 19 anos de prisão por morte de empresário no ES

Ex-policial é condenado a 19 anos de prisão por morte de empresário no ES

Júri popular condenou Rômulo Augusto Calegari pelo homicídio de Carlos Antônio Comério, cometido em 2006; ex-militar poderá recorrer em liberdade

Publicado em 2 de março de 2023 às 13:11

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Pessoas aguardam pelo julgamento no fórum
Julgamento aconteceu no Fórum de Conceição da Barra. (Raphael Verly)

O ex-policial militar Rômulo Augusto Calegari foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão pelo homicídio qualificado do empresário Carlos Antônio Comério, ocorrido em abril de 2006, em Conceição da Barra, no Norte do Espírito Santo. O júri popular teve início na manhã de quarta-feira (1) e terminou por volta da 1h20 da madrugada desta quinta-feira (2), no Fórum do município.

A vítima foi morta a tiros, dentro do carro que dirigia, quando ia pagar pelo resgate da mulher, Maria Carmem Comério, que havia sido sequestrada três dias antes. A defesa da família afirmou para a reportagem da TV Gazeta Norte que tinha provas suficientes para incriminar o suspeito.

Carlos Antônio Comério foi assassinado quando ia pagar o resgate da mulher
Carlos Antônio Comério foi assassinado quando ia pagar o resgate da mulher. (Arquivo | TV Gazeta)

Filha do casal, Karla Comério Malverdi afirmou que a sentença traz um senso de justiça para a família, mas que a falta de informações sobre o corpo da mãe, que nunca foi encontrado, é angustiante. Maria Carmem foi dada como morta ao longo do processo.

“O júri representa a resposta de um pedido de justiça. Foram 17 anos de impunidade. Era necessário o julgamento para seguir a página da vida. Foi Rômulo Augusto Calegari que matou o meu pai. A incerteza era muito angustiante. Eu fiz um apelo durante o meu depoimento, mas o coração do Rômulo não foi tocado. Eu só queria enterrar a minha mãe, mas não foi dessa vez”, disse.

Carmem Maria Comério foi sequestrada, dada como morta e o seu corpo nunca foi encontrado
Carmem Maria Comério foi sequestrada, dada como morta e o corpo dela nunca foi encontrado. (Arquivo | TV Gazeta)

O advogado de acusação, Homero Mafra, comentou que essa é uma ferida que não está cicatrizada. “A gente espera que as pessoas condenadas pelo processo informem onde esse corpo foi colocado”, comentou.

Em posicionamento, o advogado Márcio Bezerra, que faz a defesa do ex-policial, afirmou que respeita a decisão do conselho de sentença, mas que vai recorrer “porque a decisão foi contrária à prova dos autos”. O cliente, Rômulo Augusto Calegari, vai poder recorrer em liberdade.

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