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Esposa de comandante da PM nega agressão e diz que houve apenas discussão

Esposa de comandante da PM nega agressão e diz que houve apenas discussão

Em depoimento prestado à Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (03), Renata Caus informou que não foi agredida pelo marido, Douglas Caus, em sua casa. Ela relata que o filho errou ao ter acionado o Ciodes para denunciar briga dos pais

Publicado em 3 de setembro de 2020 às 23:59

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Douglas Caus e a esposa, Renata Christina Pimentel Ramos Caus
Douglas Caus e a esposa, Renata Christina Pimentel Ramos Caus. (Arquivo Pessoal)

Casada há 25 anos, Renata Christina Pimentel Ramos Caus, de 46 anos, nega que tenha sido agredida pelo marido na noite desta quarta-feira (02) em sua casa, em Vila VelhaO suspeito pelas agressões, segundo o registro do atendimento no Ciodes, é o seu marido, o comandante da Polícia Militar, coronel Douglas Caus. "Houve gritos, da minha parte, mas não houve agressão. Houve apenas discussão", relatou.

Na noite de quarta-feira (02), uma viatura da Polícia Militar foi à casa do comandante e de sua esposa após o Ciodes ter sido acionado pelo filho mais velho do casal, de 20 anos. No documento é descrito que os pais do jovem estariam "muito agressivos" e que estariam em "vias de fato". Sobre a denúncia, Renata informou que o filho se equivocou. "Nosso filho já nos pediu perdão. Sabe que errou, que não poderia fazer o que fez".

Uma outra ocorrência de agressão já havia sido registrada em dezembro de 2019, pela própria Renata. Na ocasião ela informou aos policiais que havia sido agredida pelo marido. Nesta quinta-feira (03), negou também esta acusação. "Relatei hoje para o delegado e disse que houve um falso testemunho", relatou Renata sobre denúncia feita em 2019.

Renata, que é professora de Vila Velha, informou que prestou depoimento, por iniciativa própria, na Delegacia da Mulher na tarde desta quinta-feira (03). Afirmou que foi esclarecer o que havia ocorrido em sua casa. "Expliquei que não houve agressão. E aproveitei para pedir ao delegado que investigue o vazamento dos documentos, porque minha família foi exposta", disse.

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    Eu tenho um filho de 14 anos, que levei ao médico nesta quarta-feira (02). Passei um dia difícil. Sou uma pessoa muito agitada, estressada, e ontem estava particularmente mais ansiosa e precisava conversar com meu marido. Ele sempre deu muita atenção à família, aos filhos, mas agora, em função do trabalho, tem sido mais difícil. Meu marido tem trabalhado muito, às vezes até de madrugada, chegando em casa às 2 horas ou 3 horas. Quando ele chegou, cobrei a sua ausência, disse que precisávamos conversar, mas ele falou que teria que sair. E nesta hora começou a discussão.

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    Gritei, falei que ele não iria sair, fechei a casa e tirei a chave da porta. Douglas não gritou, falou em um tom mais alto que queria a chave e que iria sair. Mas não houve agressão. Ele tomou a chave da minha mão e saiu. Repito: houve gritos, da minha parte, mas não houve agressão.

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    Tenho outro filho de 20 anos, que estuda Direito, e que estava no quarto. Ele faz faculdade por EAD. Quando me ouviu gritar, chamou a polícia para ver se com isto o pai ficava em casa e não ia para a rua. Já eram 22h. Eu estava muito agitada, sou cardíaca, e ele tomou a decisão de chamar a polícia para evitar uma discussão maior. Mas volto a dizer, em nenhum momento houve agressão.

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    Fui surpreendida porque não sabia que meu filho tinha chamado a polícia. Eles perguntaram se eu gostaria de fazer o corpo de delito, mas falei que não tinha havido agressão e que não gostaria de ir à delegacia naquele momento. Meu filho estava dentro do quarto e não sei porque ligou para a polícia. Ele nunca viu uma cena desta. Só quem é feliz, sem nenhuma discussão, é família de comercial de margarina. Conheço Douglas há mais de 30 anos, temos 25 anos de casados. Desavenças e discussões são comuns em qualquer casa.

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    Na época o Douglas era diretor do Hospital da Polícia Militar. Ele sempre foi um profissional muito competente e dedicado. Naquele dia eu estava preparando a ceia de Natal, receberíamos visitas, eu estava sem empregada e precisando da ajuda dele. Ligaram do hospital relatando a ocorrência de um incêndio. E quando ele falou que iria para o HPM, ocorreu a mesma situação de ontem (quinta-feira, dia 2). Eu não quis deixá-lo sair. Mas só que, naquele dia, quando ele pegou a chave, liguei para a polícia e relatei uma agressão. Mas expliquei hoje para o delegado que não tinha ocorrido nenhuma agressão.

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    Relatei hoje para o delegado e disse que houve um falso testemunho. Ele explicou que talvez eu tenha que comparecer em juízo para explicar o que aconteceu, caso o procedimento seja levado adiante. Mas nunca houve nenhuma representação minha ou do Douglas em relação a este caso.

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    Ele pediu desculpas a mim e ao pai, e disse que nunca mais terá este tipo de atitude. Ele mora em nossa casa, ainda é nossa responsabilidade. Entende o erro que cometeu. Perguntei ao delegado se ele precisaria prestar depoimento, mas ele foi dispensado.

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    Ele conhece a mãe que tem. Criei meus dois filhos com eles sabendo que eu só falaria uma vez. E ele ficou com medo de que acontecesse alguma coisa porque eu estava nervosa. Ele já nos pediu perdão. Sabe que errou, que não poderia fazer o que fez.

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    Fui, por minha iniciativa, prestar meu depoimento na delegacia da mulher da Prainha, em Vila Velha, explicar o que ocorreu. Fiquei lá por mais de 2 horas. Estava de camiseta e puderam observar, na presença de uma escrivã mulher, que não havia nenhuma agressão.

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    Não precisava. Eles viram que não havia nenhuma agressão. Não havia necessidade de gastar o dinheiro do Estado.

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    Sou professora de Vila Velha, casada há 25 anos, tenho dois filhos homens. Você acha que se fosse agredida, eu ficaria calada, quieta?

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    Houve vazamento de informações, de documentos de acionamento do Ciodes, com todos os dados da minha família, incluindo o nosso endereço. Fotografaram a tela de um computador com o boletim. Minha família foi exposta e o desgaste emocional foi grande. Meus filhos e meu marido viraram alvo de chacota. Falei para o delegado que quero que isto seja investigado. Câmeras devem ter flagrado a pessoa tirando a foto de um documento que deveria ser sigiloso. E está claro que o objetivo foi prejudicar o meu marido.

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    Querem a saída do meu marido do comando da Polícia Militar. Isto foi coisa do crime organizado, de policiais corruptos que já estavam comemorando a saída de Douglas do cargo. Meu marido tem trabalhado arduamente no combate ao crime, realizando operações, prendendo suspeitos, apreendendo armas e drogas. Viaja de Norte a Sul deste Estado, acompanha tudo o que acontece, até de madrugada. A intenção foi prejudicá-lo para que fosse tirado do poder, para que o Estado voltasse a ser o que era. Este vazamento precisa ser investigado.

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