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Erosão em praia de Piúma: obra não vai ficar pronta para o verão

Erosão em praia de Piúma: obra não vai ficar pronta para o verão

A principal praia do município sofre com erosão há anos e a obra segue parada. Prefeitura mudou a data de entrega para o ano que vem

Publicado em 18 de novembro de 2020 às 12:26

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Na Praia Central de Piúma, orla também foi afetada pela ação do mar. Motoristas precisam pegar desvio para seguir viagem
Na Praia Central de Piúma, orla também foi afetada pela ação do mar. Motoristas precisam pegar desvio para seguir viagem. (José Carlos Schaeffer)

Comerciantes, moradores e turistas de Piúma, no litoral Sul do Espírito Santo, vão passar mais um verão sem a tão esperada recuperação da orla principal. Isso porque a obra segue parada desde junho deste ano e a prefeitura informou, nesta terça-feira (17), que irá prorrogar o prazo para a conclusão dos trabalhos para julho de 2021.

Erosão já atinge cerca de três quilômetros da orla. A obra, que contempla a construção de um muro de contenção e a recuperação da calçada e ciclovia da Avenida Prefeito José de Vargas (Av. Beira Mar), é em convênio com a Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb) e o prazo de entrega seria 30 de dezembro deste ano.

Quem acompanha a obra conta que, por várias vezes, o serviço começa e é interrompido. “Tivemos uma reunião com a prefeitura e foi pedido o cancelamento da obra, porque não estava sendo cumprido o contrato. Logo depois, foi cancelado e a empresa, segunda colocada, foi chamada, mas parece que vai ter que rever os valores porque estão defasados. O bairro e a cidade estão sendo muito afetados por causa disso”, disse Carlos Delarozzi, que é presidente de associação comunitária e faz parte da comissão fiscalizadora da obra.

O comerciante Sandro José tem lojas na Avenida Beira Mar e reclama da queda no faturamento devido aos problemas de infraestrutura da orla. "Tivemos queda no faturamento. Não vejo a hora dessa obra acabar logo. Acredito que depois de pronta, vamos voltar ao faturamento anterior", afirma.

HISTÓRICO

Segundo os moradores, a erosão começou em alguns pontos da praia em 2003. Alguns serviços paliativos foram feitos, mas não foram suficientes, de acordo com eles. A prefeitura chegou a realizar uma obra em cerca de 600 metros de extensão da praia central e, na parte mais afetada, foram colocadas 800 big bags, que suportam até 1.500 quilos de areia.

Em janeiro de 2017, vários pontos da praia ofereciam riscos para a população e postes, quiosques e coqueiros ameaçavam cair. Trechos da avenida foram isolados. A obra de recuperação começou em 2019 e a primeira previsão era que parte estivesse concluída no verão de 2020, mas não foi concluída.

O QUE CONTEMPLA A OBRA

  • 780 metros de muro de contenção
  • 1.960 metros de meio fio de concreto
  • Calçadão com rampas de acessibilidade
  • Ciclovia
  • 3 decks em madeira
  • 37 postes com luminárias
  • 1.177,16 m² de recuperação da via 
  • 680,51 metros de corrimão

O QUE DIZ A PREFEITURA

Por meio de nota, nesta terça-feira (17), a Prefeitura de Piúma disse que "foi solicitada a prorrogação do prazo de vigência do convênio referente a execução do muro de contenção e recuperação de calçadas e ciclovias da Av. Prefeito José de Vargas Scherres (Av. Beira Mar), que tem o seu término dia 30/12/20 para 30/07/21 (180 dias)".

Nesta quarta-feira (18), a prefeitura, por meio da Secretaria de Obras e Serviços, informou que a empresa que ganhou a licitação, no caso a primeira colocada, não cumpriu com o cronograma e teve muitos atrasos na execução dos trabalhos, bem como foi notificada três vezes, multada e sofreu punições. Com isso, o contrato foi rescindido por inexecução contratual. Sendo assim, a segunda colocada foi convocada e apresentou uma contraproposta, a qual está sendo negociada com a Sedurb.

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