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Covid-19: mãe vai para UTI após parto e só conhece gêmeas 20 dias depois

Covid-19: mãe vai para UTI após parto e só conhece gêmeas 20 dias depois

Bárbara Cesar ficou entubada por dez dias logo após dar à luz. Nesta segunda-feira (12), finalmente ela conheceu as filhas

Publicado em 13 de abril de 2021 às 19:09- Atualizado há 3 anos

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Bárbara de Almeida Cesar, de 26 anos,  só conheceu as filhas 20 dias depois do parto
Bárbara de Almeida Cesar, de 26 anos, conheceu as filhas 20 dias depois do parto. (Arquivo pessal )

Depois ser internada às pressas e passar por uma cesariana, a dona de casa Bárbara de Almeida Cesar, de 26 anos, finalmente conheceu as filhas gêmeas, Maria Julia e Maria Elisa, que nasceram quando ela lutava contra a Covid-19. O primeiro encontro aconteceu nesta segunda-feira (12), 20 dias depois do parto, após a mãe receber alta do Hospital Dr. Jayme Santos Neves, na Serra.

Bárbara é casada com o pescador Elimar Felipe Cesar, 32, e já tinha um filho de 4 anos quando engravidou das gêmeas.  A gestação seguia sem complicações até ela apresentar os sintomas da Covid-19. "Eu tinha um pré-natal agendado para o dia 22 de março, numa segunda-feira, mas eu estava há dias com sintomas de gripe. Como foi piorando,  me preocupei comigo e com minhas filhas. Por isso, procurei o médico no sábado, dia 20", contou.

De acordo com Bárbara, da consulta ela foi encaminhada direto para o hospital da Serra.  No dia 21, o resultado do exame para Covid-19 saiu, confirmando a doença. No dia 23, com 33 semanas e seis dias, a dona de casa foi submetida a uma cesariana. 

A mãe das gêmeas conta que durante o parto só ouviu o choro das filhas. "Eu estava com 50% dos meus pulmões comprometidos. Eu lembro de ouvir o choro de uma, depois de outra. Dali eu apaguei e só me recordo de algumas coisas. Fui levada da cesária para o Centro de Terapia Intensivo (CTI), onde fiquei intubada", destaca.

Foram 10 dias de apreensão até Bárbara sair da intubação. Ela ainda ficou mais um tempo na unidade de terapia intensiva e depois foi levada para um quarto. Apesar do sofrimento, a dona de casa ficou aliviada ao saber que as filhas não estavam infectadas. 

"Elas nasceram, eu nã vi os rostos, não peguei no colo, mas graças ao meu Deus elas não tinham nada. Ficaram cinco dias no hospital, por ser um nascimento prematuro, mas estavam bem e foram para casa", conta. 

Durante o tempo que Bárbara ficou internada, foi o marido Elimar que tomou conta das gêmeas e do primogênito de 4 anos, com ajuda da mãe dele e de uma tia.  

PRIMEIRO ENCONTRO

A mãe das Marias conta que não aguentava de tanta ansiedade para conhecer as filhas, o que aconteceu na manhã desta segunda-feira (12), após receber alta e voltar para casa, em Cariacica. "Depois que eu saí da intubação, fui melhorando eu só queria estar com elas, ver o rostinho, pegar no colo. Só pensava nelas e no meu filho".

E o primeiro encontro foi tomado de muita emoção. "É algo inexplicável. Planejamos ter mais um filho e tivemos a surpresa de duas (risos). Na gestação, são muitos sonhos e planos. Só agora pude pegar minhas filhas no colo, amamentar. Eu só sei agradecer a Deus, estou muito feliz", contou Bárbara, emocionada. 

A dona de casa acredita que está viva por um milagre."Eu sou um milagre, eu sei disso. Os médicos disseram que meu estado de saúde era muito grave. As enfermeiras falavam que sempre oravam por mim e pediam que eu sobrevivesse. Agora estou aqui porque Deus me curou", finaliza. 

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