Durante o enfrentamento à Covid-19 no Espírito Santo, no intervalo entre a primeira e a segunda fase de expansão da doença, o governo do Estado promoveu um procedimento precoce de internação de pacientes do grupo de risco de infecção do vírus. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), acredita que daqui a 15 dias vai conseguir voltar a disponibilizar esse atendimento.
O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, explicou que a medida tem como objetivo aumentar o monitoramento das pessoas com maior probabilidade de evoluir ao quadro grave de contaminação provocada pelo Sars-CoV-2.
Segundo ele, "esse procedimento permite que os serviços de saúde consigam intervir de maneira adequada em cada etapa da evolução do quadro clinico do paciente". O assunto foi abordado durante entrevista on-line realizada nesta segunda-feira (26).
"Durante os momentos de muita pressão assistencial, em que o tempo de reposta da transferência dos pacientes dos PAs e UPAs ao leitos de enfermaria e ao leito de UTI, essa redução da capacidade de atender em tempo adequado acaba levando que os pacientes, quando chegam no leito de UTI, já tenham estabelecido algum grau de lesão no tecido pulmonar e com outras complicações que acompanham a evolução do quadro da Covid-19", explicou.
A expectativa do órgão estadual é que o fluxo de acesso desses pacientes às unidades hospitalares capixabas seja operacionalizado nos próximos 15 dias para que seja possível reforçar a capacidade de internação de quem se encaixa no perfil.
"Quando conseguimos internar o paciente de maneira mais precoce, conseguimos acompanhar cotidianamente a evolução do mesmo. Estamos desenhando uma possibilidade de que pacientes acompanhados na atenção domiciliar consigam ter um acesso direto à regulação de leitos para que qualquer solicitação de pacientes de grupo de risco, acompanhados pela atenção básica, com os oxímetros, nos próprios domicílios, tenham acesso agilizado", adiantou.
De acordo com o Painel de Ocupação de Leitos, 87,82% das vagas para internação nas UTIs contam com pacientes. Já na enfermaria a taxa de ocupação é de 63%. Segundo Nésio, a pandemia apresenta queda sustentada de casos e internações e, desta maneira, é possível que, em maio, o Espírito Santo alcance uma taxa de ocupação de UTI inferior a 80%.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta