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Publicado em 28 de outubro de 2022 às 17:57
O comandante da Polícia Militar, o coronel Douglas Caus, negou que tenha praticado violência doméstica contra a sua esposa, Renata Christhina Pimentel Ramos Caus, como apontou Carlos Manato (PL). A fala do candidato ao governo do Espírito Santo foi feita durante debate realizado nesta quinta-feira (27) pela TV Gazeta e transmitido, ao vivo, por A Gazeta e CBN Vitória.>
Durante o debate, Manato leu trecho de matéria onde era informado que a esposa do comandante havia acionado a PM, informando que tinha sido agredida por ele. O fato foi divulgado em setembro de 2020.>
De acordo com o coronel Douglas Caus, o caso foi investigado pela Polícia Civil, que remeteu o material para o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), que por sua vez pediu o arquivamento das investigações, o que foi aceito pela Justiça estadual.>
“O MPES requereu o arquivamento do processo e o juiz acolheu o pedido. Antes de fazer uma afirmação como esta, o candidato deveria ter checado as informações do processo. Agiu por ignorância ou por má fé, para prejudicar o candidato do governo”, disse Caus>
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A decisão é do juizado da 9ª Vara Criminal de Vila Velha
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No site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), no andamento processual, há informações sobre uma audiência realizada em junho do ano passado. No termo da audiência é relatado que o casal foi ouvido pelo juiz Evandro Alberto da Cunha, da 9ª Vara Criminal de Vila Velha.>
No depoimento o casal informou que estava “vivendo muito bem” e que o ocorrido que culminou na investigação policial “foi um momento isolado em que ambos estavam bastante estressados, muito nervosos, pois foi um evento atípico”.>
No mesmo documento, o representante do MPES informou que entendia que na situação não havia ocorrido violência doméstica e pediu o arquivamento do processo.>
“Tendo em vista tratar-se de fato atípico visto que o casal informou que os fatos ocorreram por um momento difícil que passava o casal, entendo não ter ocorrido violência doméstica, pelo que requeiro o arquivamento do presente”. >
O pedido foi aceito pelo juiz. “Examinados. Com base no que restou apurado nos autos, acolho a promoção do Ministério Público e o requerimento expresso feito pelo requerido, para ordenar o arquivamento do procedimento”, decidiu.>
No mesmo andamento processual no site do TJES, em março deste ano, já consta que o processo foi “arquivado definitivamente”.>
Caus afirmou que a fala do candidato "um desrespeito a um policial com 34 anos de serviços prestados na Corporação e com um trabalho que vem sendo reconhecido pela sociedade”, disse.>
O candidato Carlos Manato foi procurado, via assessoria, para comentar a manifestação do comandante. >
Ele afirmou que "as duas denúncias de agressão realizadas pela esposa do comandante-geral do governo Casagrande, uma delas após o filho do casal ter acionado o Ciodes e relatado que os pais tinham chegado às 'vias de fato', conforme noticiado por a Gazeta, tiveram como desfecho o arquivamento a pedido do acusado e da vítima".>
Ainda segundo a nota enviada pela campanha de Manato, "em sentença, há admissão da agressão por ambos, sob a alegação de que 'tudo ocorreu em um momento em que ambos estavam muito nervosos'. Diante de tal contexto, a passividade e a cumplicidade do candidato Casagrande são reveladoras e ratificam tudo que já foi dito pelo candidato Manato".>
A decisão, no entanto, traz a manifestação do Ministério Público afirmando "não ter ocorrido violência doméstica".>
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