Repórter / [email protected]
Publicado em 14 de setembro de 2022 às 18:08
Uma das cadelas que foi ferida por um homem e resgatada em Mimoso do Sul, no Sul do Estado, morreu na tarde desta quarta-feira (14), após ser adotada por uma moradora do município. No último domingo (11), ela e outra cachorra, ambas prenhas, foram feridas com um objeto cortante, no bairro Antiga Exposição.>
Segundo a dona de casa Thamiris Teixeira, a vira-lata de cor caramelo – batizada de Nina – foi adotada por ela na segunda-feira (12). Ela contou que ficou apavorada quando viu os dois animais cheios de sangue na rua. “Meu sobrinho correu e foi dar queixa da pessoa”, disse, em entrevista à TV Gazeta Sul.>
A tutora contou que a cachorra estava bem na manhã desta quarta-feira (14). No entanto, no início da tarde, sangrou muito, gemeu e caiu morta no chão. "Foi muito rápido, eu logo liguei para a veterinária, que explicou que a Nina provavelmente perdeu muito sangue por estar grávida e deu hemorragia", comentou.>
Segundo a dona de casa, a voluntária Gabrielle Barros – especialista que havia prestado os primeiros socorros às cadelas logo após as agressões – levou Nina para ser enterrada. Antes, no entanto, a veterinária explicou que uma necropsia será feita nesta semana para confirmar a causa da morte.>
>
Gabrielle explicou, ainda, que há vários fatores para a morte da cadela. “O principal foi a perda de sangue e, por ela estar grávida, piora o quadro. Além disso, por ter sido um animal de rua, não sabemos se ela tinha alguma outra patologia e, mesmo com o tratamento dado, não resistiu”, esclareceu.>
Segundo a veterinária Gabrielle Barros, a outra cadela agredida no último domingo (11), em Mimoso do Sul, permanece viva e está bem. Temporariamente, a cachorra está na casa da empregada doméstica Adriana Mota, que não tem condições financeiras de ficar com ela de forma permanente.>
Dessa forma, Adriana vai cuidar da cadela até esta se recuperar. Depois, o animal será destinado à adoção junto aos filhotinhos que devem nascer no próximo mês. "É triste (que as agressões tenham ocorrido), porque o bichinho não tem maldade. Ele só quer carinho e alguém que cuide dele", disse. >
De acordo com a apuração da TV Gazeta Sul, um inquérito policial já foi aberto para apurar as circunstâncias do caso. O suspeito, de 32 anos, pode responder por maus-tratos a animais. O crime prevê pena de dois a cinco anos de prisão.>
“O agressor já foi identificado, será intimado para interrogatório e vai responder pela prática do crime previsto no parágrafo 1º A, do Artigo 32 da lei 9.605/98, que prevê crimes de maus-tratos contra cães e gatos. Não haverá impunidade e esse cidadão vai responder de forma muito rigorosa”, explicou o delegado Rômulo Carvalho Neto.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta