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Cadela do ES que ajudou bombeiros em Brumadinho e Mariana morre aos 12 anos

Cadela do ES que ajudou bombeiros em Brumadinho e Mariana morre aos 12 anos

A cachorra foi a primeira dos Bombeiros capixabas treinada para farejar sobreviventes em desastres. A morte, segundo homenagem prestada pelos militares, foi por causas naturais

Publicado em 9 de janeiro de 2021 às 19:14- Atualizado há 3 anos

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Cadela Bala em missão na lama em Minas Gerais
Cadela Bala, à direita na foto, em missão na lama em Minas Gerais. (Divulgação)
Rafael Silva
Repórter de Política / [email protected]

A cadela Bala, do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo, morreu na última sexta-feira (8) aos 12 anos. Ela foi o primeiro cão especializado em missões de resgate e salvamento dos Bombeiros no Estado. Bala, que era da raça pastor alemão, atuou em diversas operações, incluindo as tragédias de Mariana e Brumadinho, quando barragens de rejeitos se romperam e deixaram dezenas de desaparecidos, e a busca por vítimas em Colatina, durante as fortes chuvas de dezembro de 2013.

O perfil dos bombeiros nas redes sociais prestou uma homenagem à cachorra. Na postagem, eles afirmam que ela era uma referência nacional em salvamento. O falecimento, segundo a publicação, foi por causas naturais. A cachorra atuava em situações de pessoas perdidas em matas e procurava por vítimas em escombros.

A sargento Mariane Guarnier atua no Centro de Ensino e Instrução dos Bombeiros (CEIB) e estava lá em 2011, quando a equipe de salvamento com cães foi iniciada, com Bala. Ela conta que a cachorra foi uma espécie de laboratório para os instrutores e ajudou na preparação dos bombeiros para adestrar outros cães.

A cadela Bala em treinamento com os Bombeiros(Divulgação)

"Ela era muito dócil e apegada com o Coronel Meriguetti, que era o condutor dela. Como ela foi a primeira, nós fomos aprendendo com ela como preparar os outros animais. Eu mesma era a figurante dela, que é a treinadora que se finge de vítima durante o adestramento. Ela era incrível, quando tinha uma situação de resgate, parecia que ela entendia o que estava acontecendo. Já chegava no local sabendo o que fazer, só esperando o comando. Pelo o que a gente conhece do comportamento animal, ela parecia gostar do que fazia", conta a sargento.

Há um ano e meio, por conta da idade, Bala foi ficando debilitada e já não atuava nas missões. De acordo com a sargento, toda a equipe ficou triste com a morte da cadela. "É como se tivéssemos perdido um ente querido. Era uma cachorra que tinha afeição com toda a equipe", lamenta.

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