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Cachorro fica ao lado de caixão do dono durante velório na Serra

Cachorro fica ao lado de caixão do dono durante velório na Serra

Fred ainda tentou entrar no carro da funerária, mas só conseguiu encontrar o dono durante o velório e passou alguns minutos ao lado de Anderson Campos, que morreu de infarto

Publicado em 26 de julho de 2022 às 16:04

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O corpo de Anderson Simões Campos, morador de Jacaraípe, na Serra, foi velado na manhã de segunda-feira (25) e contou com um integrante um tanto quanto companheiro: o cão Fred, adotado pela família há cerca de cinco anos. O pet ainda tentou entrar no carro da funerária no domingo (24), quando o aposentado morreu, mas se encontrou com o tutor apenas no dia seguinte durante o velório.

A imagem registrada por Antonio Carlos Aprigio, um dos presentes no velório, mostra  o cãozinho Fred deitado ao lado do caixão. O corpo do aposentado foi velado em um centro comunitário de Jacaraípe. De acordo com a filha de Anderson, Ariely Campos, Fred subiu as escadas, encontrou a porta e ficou ali, ao lado do dono.

Cão fica ao lado de caixão do dono durante velório na Serra
Anderson foi velado e teve a companhia do cão Fred na Serra. (Instagram | @antonio_carlos_cea)
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Eu e minha tia estávamos na porta, logo na entrada, quando vimos a cena do Fred entrando, subindo as escadas e indo para o cantinho. Na hora eu comecei a chorar, não tive estruturas. É uma cena linda. O tanto que o animal, além de saber tudo, sente como os humanos. Fiquei emocionada

Ariely Campos
Administradora, filha de Anderson
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O aposentado de 53 anos morreu de infarto no início da madrugada de domingo (24). A família estranhou que Anderson não retornava mensagens e ligações e decidiu ir à casa dele — ele morava sozinho. No fim da manhã, os familiares o encontraram morto e chamaram a funerária.

Anderson Campos ao lado da filha, Ariely
Anderson (à esquerda) ao lado da filha Ariely Campos (de branco). (Arquivo pessoal)

Percebendo que o amigo tutor estava sendo levado para outro lugar, Fred tentou entrar no carro da funerária, mas foi impedido. "Ele sabia que meu pai estava lá", diz a filha de Anderson.

Na manhã de segunda-feira (25), durante o velório, o cão apareceu para passar os últimos minutos com o dono, que cuidava dele e lhe fazia companhia há cinco anos. A família preferiu retirar Fred do local para evitar que ele ficasse agressivo ao ver alguém tocando no tutor durante o velório.

"Ele é um cão muito amável, mas pode ser agressivo com as pessoas desconhecidas. Ele poderia até morder se alguém encostasse no meu pai", relata Ariely.

Com o falecimento do aposentado que era seu tutor, Fred agora será cuidado por uma 'tia', irmã de Anderson, que também mora em Jacaraípe, na Serra.

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