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Bairros de Vila Velha podem ficar sem água até a meia-noite de quarta (27)

Bairros de Vila Velha podem ficar sem água até a meia-noite de quarta (27)

O diretor operacional da Cesan, Rodolpho Có, afirmou que o fornecimento de água será normalizado 24 horas após o conserto da adutora, que deve ser concluído até a meia noite desta terça (26)

Publicado em 26 de outubro de 2021 às 13:35

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Vila Velha
Adutora rompe, terreno cede e abre cratera no bairro Cobilândia, em Vila Velha. (Vitor Jubini)

O abastecimento de água em Vila Velha deverá ser normalizado apenas após o conserto da adutora que rompeu nesta segunda-feira (25). O diretor operacional da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), Rodolpho Có, afirmou que a manutenção da adutora deverá ser finalizada até a meia-noite desta terça-feira (26) e, depois disso, o abastecimento será restabelecido de forma gradativa em até 24 horas.

Adutora rompe, terreno cede e abre cratera no bairro Cobilândia, em Vila Velha(Vitor Jubini)

Em entrevista à TV Gazeta, Rodolpho Có explicou que, como o reabastecimento acontecerá de forma gradativa, pode ser que alguns bairros tenham o abastecimento normalizado primeiro. Ele pontuou que a adutora de Cobilândia é uma das principais de Vila Velha e, por isso, afetou toda a cidade.

"A gente está com a previsão de conclusão do serviço (conserto da adutora) de hoje até a meia-noite. Após a conclusão, a gente vai liberar a água gradativamente no sistema. Então, em alguns pontos da cidade deve demorar até 24 horas após a conclusão do serviço. Essa é uma adutora principal da cidade. Toda a água de Vila Velha praticamente passa por essa adutora. Então, para executar o conserto dela, tem que fechar toda a água de Vila Velha, para que a água não volte e não atrapalhe o serviço de manutenção", argumentou.

Có detalhou, também, que o motivo do rompimento da adutora foi a instabilidade do solo, causada pelas chuvas que atingiram o Espírito Santo na última semana. Segundo ele, o grande volume de precipitações causou uma instabilidade no solo da região, o que afetou a obra.

"A adutora estava escorada para a execução da obra, porém, com as chuvas dos últimos dias, o solo ficou instável. Isso fez com que o escoramento cedesse e a adutora, no caso, a tubulação, se desprendeu", completou.

O QUE DIZ A SEDURB

Demandada pela reportagem de A Gazeta, a Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento (Sedurb) informou que, por conta das fortes chuvas que atingiram a Grande Vitória na última semana, o escoramento da escavação da Estação de Bombeamento de Cobilândia cedeu e, com isso, uma parte da rua também cedeu. Isso, de acordo com a pasta, acarretou no rompimento de uma adutora de água da Cesan.

A Sedurb afirmou que uma casa da rua foi evacuada por precaução, já que fica a poucos metros de onde parte da rua cedeu. A pasta explicou que, como o reparo da rede de água aconteceu durante a noite desta segunda (25) para esta terça (26) e será feita muito próximo dessa casa, a família foi alojada em um hotel. A obra de recuperação da rua será iniciada assim que a Cesan finalizar o reparo na adutora, conforme a pasta.

"Após os reparos, que serão executados em torno de 2 a 3 dias, a obra da Ebap Cobilandia será retomada. As obras da EBAP Marilândia e da Galeria Marilândia, que fazem parte do mesmo contrato continuam com sua execução normal. A Sedurb e a Cesan estão atuando em conjunto nas medidas corretivas do incidente", diz a nota da Sedurb.

CRATERA SE ABRIU EM COBILÂNDIA

Uma cratera se abriu na Avenida Rio Marinho, no bairro Cobilândia, em Vila Velha, no início da noite desta segunda-feira (25), após o rompimento de adutora da Cesan onde é realizada uma obra no canal do Rio Marinho. Imagens mostram uma forte vazão de água, que tomou a via e fez com que várias pessoas deixassem suas casas.

Uma das pessoas que precisou sair de casa foi Pambria Florindo, que mora no local há seis meses. "Começaram essa obra no canal do Rio Marinho, fizeram esse buraco enorme e, hoje cedo, começou a ceder. Mas foi de uma vez só. Cedeu parte da rua e começou a vazar muita água, aí pediram que todo mundo saísse de casa. Não deu nem tempo de pegar os documentos", afirmou.

Pambria, o esposo e o filho de seis anos tiveram que deixar a residência às pressas. Segundo ela, uma pequena rachadura começou a aparecer por volta das 12h. "Aí agora foi de uma vez. Estavam com medo de um poste ser carregado e sair arrastando todos os outros", detalhou.

FAMÍLIAS RETIRADAS

A Defesa Civil foi ao local e informou que duas famílias foram retiradas de suas casas, por ficarem próximas ao local onde o buraco se abriu. Ainda de acordo com a Defesa Civil, trata-se de uma medida de segurança, mas que não há grande risco de desabamento dos imóveis.

Uma avaliação completa das condições das residências só poderá ser feita após a drenagem completa da rua. Enquanto isso, segundo o órgão estadual, os moradores permanecerão hospedados em um hotel pago pela empreiteira que realiza a obra.

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