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Publicado em 21 de fevereiro de 2024 às 16:32
- Atualizado há 2 anos
Com 383 imóveis notificados na região central de Vitória no período de três meses devido a problemas estruturais, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) afirmou que o abandono de prédios no Centro da Capital é “gravíssimo”, apresentando riscos à população e a outros imóveis. >
Na madrugada desta quarta-feira (21), a marquise de um edifício desabou na Avenida Jerônimo Monteiro durante as chuvas que atingiram a Capital. O imóvel estava entre os que haviam recebido notificação da Secretaria de Desenvolvimento da Cidade e Habitação (Sedec), mas nada havia sido feito para correção dos danos.>
Segundo Giuliano Battisti, gerente institucional do Crea, o local apresentava diversos problemas estruturais, que também são observados em vários outros imóveis do Centro.>
“Vamos reunir informações em nosso histórico de manutenções para identificar possíveis causas do abalo dessa estrutura. Já foram constatados problemas graves como a falta de manutenção, problemas em áreas de drenagem onde a água está se acumulando, de corrosão, de sobrecarga e várias outras coisas que geram problemas para a segurança do imóvel”, explicou o engenheiro.>
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De acordo com Giuliano, o Crea-ES encontrou diversas camadas de reformas, o que teria aumentado a carga da estrutura. “Ela (a marquise) já é grande, tem quase 50 metros quadrados de área, e aí com as chuvas e a falta da devida drenagem, isso aumentou a carga e resultou no colapso”, complementou.>
A entidade, segundo Giuliano, vai reunir as informações coletadas no local para elaborar um relatório de vistoria. “Hoje mesmo já emitimos um ofício para a Prefeitura de Vitória, para que ela realize vistorias nas marquises aqui da Capital, principalmente na região do Centro”.>
No documento, enviado também para ciência da Defesa Civil Estadual, o presidente Jorge Silva alerta que, “diante da emergência ocorrida e do estado das marquises que existem no município, a medida é extremamente necessária para evitar novos riscos de colapsos dessas estruturas e evitar graves acidentes a vida humana”.>
Entretanto, Luciano Forrechi, secretário responsável pela Sedec, afirma que essa avaliação já é feita constantemente pela pasta.>
"Nós já fazemos isso. Temos equipes destacadas que avaliam as estruturas em três níveis de risco: baixo, médio e alto. Então garantimos que fazemos a avaliação em diversos imóveis, em várias regiões de Vitória", disse o secretário.>
Segundo Giuliano Battisti, os problemas identificados no prédio que teve a marquise colapsada são observados em diversas outras estruturas da região central da Capital.>
“O problema aqui [no Centro de Vitória] não é grave, é gravíssimo. Temos riscos iminentes de desabamento de estruturas, marquises, aparelhos de ar condicionado com sustentação corroída e vários outros problemas. Infelizmente, é triste dizer isso, mas o cenário que vemos aqui é de abandono”, sustenta. >
Giuliano ainda adverte: “Se observar alguma estrutura com trincas, ferragens expostas, corrosão, destacamento de concreto, é melhor evitar ficar por perto. Além disso, existem os problemas ocultos, escondidos por placas, fachadas, e essas a gente não consegue nem avaliar. Então, a atenção tem que ser redobrada.">
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