Publicado em 3 de dezembro de 2019 às 19:31
A cantora Anitta usou seu Instagram nesta terça-feira, 3, para comentar sobre o episódio ocorrido em um baile funk em Paraisópolis, comunidade da zona sul de São Paulo, no domingo, 1º, que resultou na morte de nove pessoas e no afastamento de seis policiais. >
"A única coisa que consigo pensar é que, se fosse alguns anos atrás, poderia ter sido eu, minha mãe e meu irmão uma dessas pessoas. Uma das coisas que a gente mais fazia quando eu estava começando a cantar era cantar em baile de favela. Sem palavras", afirmou. >
Em seguida, a cantora fez uma comparação entre o evento de Paraisópolis e outros de maior porte: "O fato de ser uma festa com presença de drogas ilícitas e presença de criminosos não justifica o fato de você sair entrando e atirando. 'Ah, mas os bandidos estavam em perseguição e correram pra festa porque sabiam que tinha gente que ia ser escudo...'">
"E se tivessem entrado num super festival respeitado? Iam sair entrando atirando? Vários festivais respeitados que têm droga, um monte de gente dentro roubando... E aí, sai entrando atirando? Não sai, né, porque é diferente. Para as pessoas é 'vagabundo', 'música de baixo conteúdo', 'gente que não tem o que fazer'. É complicado o preconceito", continuou. >
>
Anitta ainda ressaltou o trabalho da PM: "Admiro e dou valor à profissão policial. Tenho um irmão militar hoje em dia, tenho orgulho da disciplina dele, do caráter, do trabalho. Realmente, a finalidade é fazer nossa segurança.">
"Tenho amigos policiais. Mas acho que isso é uma coisa do governo, sabe, de como fazem a gente encarar as coisas", prosseguiu. >
"Se a letra é o que é, se as pessoas não têm condição de curtir entretenimento em outros lugares, de outra maneira, é porque eles não têm acesso a outras coisas, gente", ressaltou Anitta.>
Na madrugada do último domingo, 1º, nove pessoas morreram pisoteadas durante o Baile da Dz7, na comunidade de Paraisópolis, zona sul de São Paulo. >
Seis policiais envolvidos na ação foram afastados, e o governador João Doria (PSDB) negou culpa da PM.>
As vítimas tinham idades entre 14 e 23 anos. Clique aqui para conhecer seus perfis.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta