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Imunizado, Tony Ramos diz que vacina não é cura, é prevenção

Imunizado, Tony Ramos diz que vacina não é cura, é prevenção

O ator afirma estar ansioso para que tudo volte ao normal e diz que não acredita em novo normal. "Acredito em voltar ao normal com máscara", explica ele

Publicado em 7 de maio de 2021 às 09:56

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O ator Tony Ramos
O ator Tony Ramos. (Fábio Rocha/Globo)

Dos 72 anos que Tony Ramos tem de vida, 58 foram dedicados à TV. O ator diz que já percorreu tudo que se pode imaginar nesse tempo, apesar de amargar agora mais de um ano longe dos estúdios. Ainda assim, estava nas reprises de "Laços de Família" (Globo, 2000) e "Mulheres Apaixonadas" (Globo, 2003). 

E trabalhos novos também já estão no radar do ator. Segundo ele, um desses projetos já em andamento é uma novela do roteirista João Emanuel Carneiro, em que ele interpretará "uma personagem dificílima, cheia de nuances". "Já tenho sinopse e síntese da novela", conta sem revelar mais detalhes.

Além disso, o ator afirma que tem um filme pronto para ser lançado, chamado "45 do Segundo Tempo", que teve direção de Luiz Villaça. "Esse filme é um poema e quem assistir irá rir para caramba, se emocionar para caramba. Tem tudo o que gostamos de ver", revela o artista.

"Um filme lindo com Ari França, Cássio Gabus Mendes, Denise Fraga e Louise Cardoso", continua ele em entrevista dada pelo telefone concedida ao F5, destacando que a pandemia foi a culpada pelo atraso no lançamento. "Não vale a pena pôr em streaming direto, eu quero por no cinema."

O ator afirma estar ansioso para que tudo volte ao normal e diz que não acredita em novo normal. "Acredito em voltar ao normal com máscara", explica ele, que mesmo vacinado afirma que continuará tomando todos os cuidados até que 85% do povo brasileiro esteja imunizado.

"Se não, não adianta. Nós não teremos uma vida normal", alerta ele, que diz ter se emocionado com a vacina. "Sempre acreditei na ciência e me emocionei. Foi também um desabafo contra quem nega a vacina e a ciência por ignorância. Ignorância não é palavrão, é não saber de um assunto", diz.

"A cura passa pela vacina e só. E mesmo assim não é cura, é prevenção", completa Tony, que relembra ter perdido um primo querido para a Covid. Para ele, ser religioso não é um empecilho para que acredite na ciência e ressalta que por não ter redes sociais fica mais fácil se manter longe das fake news.

TONY E SUAS REPRISES

Com 58 anos de carreira, Tony Ramos virou figurinha certa nas reprises de novelas. Além de "Laços de Família" e "Mulheres Apaixonadas" (Globo, 2003), que foram ao ar no ano passado no vale a Pena Ver de Novo e no canal Viva, respectivamente, agora é a vez de "Cabocla" (Globo, 2004) chegar ao Globoplay.

"É uma vivência absoluta, eu estou casado a 52 com a Lidiane [Barbosa] e já estou a 58 trabalhando nisso", compara o ator, em tom de brincadeira. "Eu sou um homem do meu ofício, no teatro, na televisão e no cinema, eu não esmoreço", completa ele, que afirma ainda aprender muito com o trabalho. </

No caso de "Laços de Família", ele afirma que foi incrível passar 40 dias no Japão durante as gravações. "Foi há 21 anos e eu via muita gente com máscara. Já era preocupação com o vírus da gripe. A máscara fazia parte da vida deles, imagino agora. Então aquilo já foi um aprendizado".

"E laços de família dispensa comentários, tem momentos iconográficos da televisão brasileira", afirma o ator que relembra a cena em que Carolina Dieckmann, 42, raspou o cabelo para sua personagem Camila, que passava por quimioterapia.

Tony interpretava Miguel, e afirmou que "adorei rever agora também". "Não vejo diariamente, mas posso dizer que nessa repassagem agora eu vi, pelo menos, 40% do total que foi ao ar".

Quanto à "Mulheres Apaixonadas", ele lembra que para viver sua personagem, Theo, precisou fazer aulas para conhecer o instrumento. "Não era com pretensão de virar saxofonista, mas com a pretensão de fazer os movimentos corretos", afirma. "Foi um aprendizado de 10 meses."

Tony Ramos diz que o espírito livre de Theo também ensinou muito a ele. A cena que mais o marcou, no entanto, foi o tiroteio que terminou com a morte de Fernanda (Vanessa Gerbelli) em uma rua do Leblon. Foi como estar em "um teatro grego, ao ar livre. Foi emocionante, inesquecível", afirma.

"Tem toda uma história por trás da minha trajetória. Sou muito grato a Deus. Tem gente que não acredita, mas eu não estou evocando o nome de Deus vaziamente, é porque eu, particularmente, acredito", afirma o artista.

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