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Sérgio Camargo diz que isolamento é 'maior imbecilidade da história'

Sérgio Camargo diz que isolamento é 'maior imbecilidade da história'

Medida decretada por governos de todo o Brasil é considerada uma das mais eficazes na contenção do coronavírus

Publicado em 24 de março de 2020 às 16:07

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O jornalista Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares
O jornalista Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares. (Reprodução/Twitter)

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, chamou o distanciamento social decretado por governos estaduais e municipais para conter o avanço do novo coronavírus de "a maior imbecilidade da história da humanidade" no seu Twitter, na noite desta segunda (23).

No tweet, Camargo comenta uma postagem de Jair Bolsonaro (sem partido). Nela, o presidente se opõe ao que chama de "medidas extremas sem planejamento e racionalidade" no combate à pandemia.

O presidente da Fundação Palmares então pede que o confinamento seja imediatamente suspenso e limitado aos que pertencem ao grupo de risco, isto é, pessoas com mais de 60 anos, com doenças crônicas e transplantados. "Ao trabalho, brasileiros!", conclui Camargo.

A medida de isolamento social da população é uma das mais recomendadas pelos especialistas para conter a disseminação da doença até a criação de uma vacina. É ela que vem guiando a ação de uma série de governos no país e internacionalmente.

Nomeado pelo ex-secretário da Cultura Roberto Alvim em novembro, Camargo ficou conhecido por ter sido uma escolha controversa para o cargo que agora ocupa por suas opiniões sobre o racismo no país e sobre o ativismo negro.

Autodefinido como "negro de direita", ele já afirmou, nas redes sociais, que o Brasil tem "racismo Nutella" e que "racismo real existe nos EUA". Também escreveu que a escravidão foi terrível "mas benéfica para os descendentes" e que "negros do Brasil vivem melhor que os negros da África".

As opiniões de Camargo geraram reação da comunidade negra e mesmo dentro da ala mais moderada da Secretaria Especial da Cultura.

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Em dezembro, a Justiça acatou uma ação civil que pedia a suspensão de sua nomeação, mas a decisão foi revertida pelo Superior Tribunal de Justiça.

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