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Sistema de pagamentos instantâneos não será tabelado, diz diretor do BC

Sistema de pagamentos instantâneos não será tabelado, diz diretor do BC

A tecnologia foi regulamentada oficialmente nesta quarta (12), por meio de resolução. Os valores cobrados por operação, no entanto, serão definidos em uma nova norma

Publicado em 12 de agosto de 2020 às 14:47

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Pagamento por QR Code
A ideia, segundo o diretor, é que o serviço seja gratuito para o pagador e que as empresas fiquem livres para tarifarem o recebedor. (Pixabay)

O diretor de organização do sistema financeiro do BC, João Manoel Pinho de Mello, afirmou que a autoridade monetária não vai tabelar seu serviço de pagamentos instantâneos, chamado de Pix.

A tecnologia foi regulamentada oficialmente nesta quarta (12), por meio de resolução. Os valores cobrados por operação, no entanto, serão definidos em uma nova norma. A ideia, segundo o diretor, é que o serviço seja gratuito para o pagador e que as empresas fiquem livres para tarifarem o recebedor.

"O que a gente acredita é que a competição aliada ao fato de que a plataforma é provida pelo princípio de recuperação de custos vai deixar o serviço muito barato", ponderou o diretor.

"O BC não vai oferecer o serviço, apenas vamos prover a infraestrutura para as operações. Vamos cobrar apenas para recuperação de custos. Hoje, para realizar uma TED [transferência eletrônica disponível], o banco paga ao BC cerca de R$ 0,06. Com o Pix, será cobrado R$ 0,01 a cada dez transações", explicou Pinho de Mello.

Segundo o diretor, o Pix será similar aos serviços já prestados atualmente, como pagamento com cartão, boleto, ou transferências. A operação será gratuita para as duas partes se for feita entre pessoas físicas. Se for realizada entre empresas, poderá haver cobrança nas duas pontas.

A ferramenta começa a funcionar em 16 de novembro. A partir de 5 de outubro, os interessados poderão fazer o cadastro para a identificação dos pagamentos. O sistema vai permitir saque em estabelecimentos comerciais, mas a funcionalidade ficará de fora da primeira fase do Pix e será implementado depois. O BC divulgou o lançamento do sistema em fevereiro e 978 instituições financeiras participam do processo de adesão à plataforma.

Primeiro, bancos com mais de 500 mil clientes serão obrigados a operar com a nova tecnologia. Atualmente, 34 instituições integram este grupo. O restante terá que oferecer o serviço a partir de 1º de junho.

De acordo com o BC, transferências, inclusive entre bancos diferentes, e pagamentos serão realizados em dez segundos. "Estimamos que o tempo médio, no entanto, seja inferior a seis segundos", disse Pinho de Mello.

As operações poderão ser feitas a qualquer horário, inclusive aos finais de semana.

O consumidor poderá escanear o QR Code pela câmera do celular, integrada ao aplicativo do banco ou da fintech, e realizar o pagamento ou transferência. As transações serão feitas por meio de QR Code estático ou dinâmico.

O estático é gerado uma vez só pelo estabelecimento, para todas as operações. Nesse caso, a pessoa terá que digitar o valor. O dinâmico é um QR Code gerado a cada operação, já com o valor definido.

A infraestrutura do BC vai centralizar a liquidação das operações (que o dinheiro saia de quem paga para quem recebe) e o banco de dados dos pagadores e dos recebedores. Segundo a resolução publicada hoje, as empresas precisam ter capital mínimo de R$ 1 milhão para integrarem o sistema.

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