Publicado em 11 de agosto de 2020 às 18:55
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, nesta terça-feira (11), que o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre vai ditar a retomada econômica pós-pandemia do novo coronavírus. >
Em apresentação, ele projetou queda de 11% no período, em relação ao segundo trimestre de 2019.>
"Vai ser uma queda muito grande, vai ser nosso pior trimestre", disse em evento virtual promovido pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias).>
A projeção de Campos Neto supera as estimativas negativas oficiais do governo. No dia 15 de julho, o Ministério da Economia projetou queda de 9,3% em relação ao segundo trimestre de 2019.>
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O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em junho, em sua última estimativa, previa uma queda de 10,5% do PIB no segundo trimestre deste ano.>
Campos Neto destacou que o Brasil tem recuperação mais rápida em meio à crise, na comparação com outros países emergentes.>
"[Entre os emergentes] O Brasil parece ter performance um pouco melhor", ressaltou.>
Embora alguns setores afetados pela crise tenham recuperação mais rápida, Campos Neto ponderou que outros devem ter retomada mais lenta, como de turismo e entretenimento.>
"A indústria de veículos, por exemplo, teve uma queda forte, mas já mostrou forte recuperação. Quando olhamos os voos, no entanto, a retomada foi quase zero", avaliou.>
Ele também pontuou que, em crises, o desemprego apresenta piora rápida, mas demora na retomada. "Temos uma mudança no padrão de consumo e na forma como a economia vai funcionar, temos que observar se essa mudança vai levar a ter desemprego estrutural no curto prazo, mas há expectativa de melhora.">
Segundo ele, alguns segmentos tiveram aumento de spread porque caíram menos que a taxa básica de juros, que está em 2% ao ano, menor patamar da história. "Mas, no geral, as taxas caíram no período [da pandemia]", disse.>
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