Publicado em 18 de abril de 2023 às 15:48
SÃO PAULO, SP - As compras feitas em lojas ou com vendedores situados em outros países podem ser taxadas pela Receita Federal ao chegarem ao Brasil.>
Para valores inferiores a US$ 3.000 (cerca de R$ 14,9 mil), a encomenda está sujeita ao regime de tributação simplificada, por meio do qual é cobrada uma alíquota de 60% sobre o valor total da compra, que considera, além do preço do produto, o frete e o seguro, se houver.>
Atualmente, as plataformas mais conhecidas para comprar internacionais são as de origem asiática, como Aliexpress, Shopee e Shein, mas a regra afeta todas as importações, da China aos Estados Unidos.>
O primeiro sinal de que haverá cobrança de imposto vem do rastreamento da encomenda no site ou aplicativo dos Correios. Lá, é possível ver quando a compra foi para a "fiscalização aduaneira".>
>
Se o produto estiver entre aqueles beneficiados pela isenção ou for, por exemplo, um presente de até US$ 50 (cerca de R$ 248), a tendência é que ele seja liberado sem a cobrança do imposto.>
A regra atual para a tributação simplificada prevê a isenção do imposto para revistas, livros, medicamentos de até US$ 10 mil e para envios de até US$ 50 feitos de uma pessoa física para outra.>
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cogitou acabar com o benefício para as remessas entre pessoas físicas, mas recuou diante das repercussões ruins.>
Porém, se uma remessa sujeita ao benefício da isenção for tributada, no próprio site dos Correios, na página Minhas Importações, há a possibilidade de o comprador pedir revisão da taxa. Nesse caso, ele deve comprovar a origem, o tipo de produto (se for um livro, por exemplo) e o valor pago pelo bem.>
Caso seja um produto de fato sujeito à tributação de importação, as opções são limitadas. Ele pode pagar o valor estabelecido pelo Fisco, contestar ou desistir da encomenda. A partir da data da liberação da encomenda pela Receita Federal, o comprador tem até 30 dias corridos para fazer o pagamento do imposto.>
Para quem decidir contestar o valor do imposto, o ideal é fazer antes as contas. Se o imposto não for superior a 60% do valor da compra, as chances de revisão serão remotas.>
O desfecho, tanto para o comprador que decidir desistir da encomenda, quanto para o que decide pagar o imposto de importação, vai depender da plataforma usada para a compra.>
Algumas, como a Shein, reembolsam metade do que o cliente gastou com os impostos. É necessário salvar os comprovantes da cobrança feita pela Receita Federal e também do pagamento efetuado pelo comprador e enviar esses recibos por meio do site ou do aplicativo da empresa.>
No caso da desistência, o consumidor precisa ficar atento às políticas de cada site ou plataforma, pois nem sempre a tributação da compra está entre os requisitos para devolver a compra e reembolsar o valor total. A Shein é uma das que aceitam a recusa da encomenda e reembolsa o valor total da compra.>
Em outros marketplaces, o comprador pode negociar diretamente com o vendedor ou com a empresa que vendeu o produto o reembolso do valor uma vez que o produto será devolvido.>
COMO É A COBRANÇA DOS IMPORTADOS>
Regime simplificado para encomendas até US$ 3.000
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta