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Governo recua e mantém isenção para compras entre pessoas físicas até US$ 50

Governo recua e mantém isenção para compras entre pessoas físicas até US$ 50

Em entrevista a jornalistas, Haddad disse que Lula pediu a equipe que desistisse da proposta; medida havia sido anunciada pela pasta e pela Receita Federal na última terça-feira (11)

Publicado em 18 de abril de 2023 às 14:14

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SÃO PAULO, SP - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo não vai mais acabar com a isenção do imposto de importação para encomendas de até US$ 50 (R$ 247) remetidas por pessoas físicas e destinadas também a pessoas físicas.

Em entrevista a jornalistas transmitida pela Globonews, Haddad disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que a equipe econômica desistisse da proposta e buscasse outra solução, administrativamente.

"O presidente (Lula) pediu para tentar resolver isso administrativamente, usar o poder de fiscalização da Receita Federal sem a necessidade de mudar a regra atual. Estava gerando confusão de que isso poderia prejudicar as pessoas que de boa-fé recebem encomendas do exterior até esse patamar, que é uma regra antiga", afirmou

Ministro Fernando Haddad (Fazenda) falou a jornalistas sobre a taxação de importações nesta terça-feira (18) em frente à sede da pasta
Ministro Fernando Haddad (Fazenda) falou a jornalistas sobre a taxação de importações nesta terça-feira (18) em frente à sede da pasta. (Reprodução/TV Globo)

"Em relação à pessoa física, o presidente pediu para não alterar a regra mesmo que isso signifique um custo mais elevado de fiscalização. Eles estão usando uma brecha para burlar a lei, a Receita queria fechar essa brecha", acrescentou.

A medida gerou repercussão negativa nas redes sociais depois de ter sido anunciada pelo Ministério da Fazenda diante da possibilidade de aumento nos preços de produtos comercializados por plataformas internacionais, principalmente varejistas asiáticas, como AliExpress, Shein e Shopee.

A decisão de equiparar as regras para pessoas físicas e jurídicas tinha como objetivo fechar o cerco a empresas estrangeiras que se utilizam de brecha na legislação brasileira para vender produtos importados sem pagar imposto. De acordo com Haddad, uma empresa específica estaria burlando a regra.

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