Publicado em 19 de dezembro de 2020 às 21:37
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse neste sábado (19) que, apesar de às vezes ficar insatisfeito com o ritmo dos projetos do governo no Congresso, o ministro Paulo Guedes (Economia) pretende sair apenas quando o mandato do presidente se encerrar. >
"Não demonstrou para mim [intenção de sair do governo]. Lógico que a gente vê que, de vez em quando, ele fica irritado porque certas medidas dependem de votações. Eu sei como funciona o parlamento. Ele [Guedes] está aprendendo ainda. Então ele quer resolver e fica chateado. Agora, no tocante a sair [do cargo], ele falou que vai sair comigo quando acabar meu mandato", afirmou o presidente.>
Bolsonaro concedeu entrevista ao próprio filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).>
Guedes cancelou o período de férias que iria tirar a partir deste fim de semana até 8 de janeiro, de acordo com publicação neste sábado em edição extra do Diário Oficial da União.>
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Segundo o Ministério da Economia, não há motivo específico para a interrupção das férias e que ministro decidiu seguir trabalhando pois continuará em Brasília na semana que vem.>
O ministro tem dito a interlocutores que decidiu encurtar o período de recesso e que um dos motivos é a aceleração do número de casos de Covid-19.>
Guedes contradisse nesta sexta-feira (18) o chefe, Jair Bolsonaro. Na quinta (17), o presidente havia dito que não há uma 13ª parcela do Bolsa Família por causa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).>
Guedes, no entanto, admitiu que o governo é contra o benefício extra para as famílias carentes.>
Antes do posicionamento do ministro, a crítica do presidente já elevara a tensão em Brasília. Maia, em resposta, chamou Bolsonaro de mentiroso.>
O ministro tratou do assunto com jornalistas durante balanço de fim ano na economia. Segundo ele, se o governo conceder a 13ª parcela novamente, como fez em 2019, irá cometer crime de responsabilidade. Isso poderia ser um argumento jurídico para um eventual pedido de impeachment.>
Nos últimos meses, Guedes tem demonstrado insatisfação com o andamento de pautas econômicas no Congresso. Segundo ele, medidas anunciadas como as privatizações não foram concluídas devido a negociações no mundo político. Por isso, nesta sexta, ele afirmou que, de agora em diante, não vai prometer mais nada.>
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