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Bolsa reduz perdas e passa a cair 14,43%; dólar diminui alta

Bolsa reduz perdas e passa a cair 14,43%; dólar diminui alta

Moeda começou a ser negociada na manhã desta quinta a R$ 5,02, mas caiu após intervenções do Banco Central

Publicado em 12 de março de 2020 às 09:45

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Epidemia do coronavírus está afetando a Bolsa de Valores de todo o mundo. (Adobe Stock)

A Bolsa de Valores de São Paulo começou as operações em queda acalçando uma retração de 11,65% as 10h20, em 20 minutos de operação. As negociações foram paralisadas após a Bolsa ativar o circuit breaker, mecanismo usado quando há uma grande oscilação no mercado de capitais. Por volta das 10h55, as negociações voltaram na B3. Mas, as 11h20, o Ibovespa em queda de 15,43% obrigou a ex-Bovespa a parar novamente as negociações. Às 12h18 voltou novamente a operar.

Nesta tarde, a Bolsa reduziu o ritmo de perdas, atingindo 14,5% de queda, voltando aos 70 mil pontos. Já o dólar também recuou em relação à máxima do dia, mas ainda avança, sendo cotado a R$ 4,84. O cenário melhorou após o anúncio do Banco Central americano, Federal Reserve, anunciar injeção de US$ 1 trilhão na economia.

Em meio às inseguranças provocadas no mercado por conta do avanço do novo coronavírus, causador do Covid-19, o dólar à vista iniciou as negociações desta quinta-feira, 12, cotado a R$ 5,0280, um aumento de 6,45% em relação ao fechamento da quarta-feira, 11 – R$ 4,7226. Essa foi a primeira vez na história que o dólar passou a ser vendido acima de R$ 5.

Ainda nesta manhã, após intervenção do Banco Central (BC), a moeda americana passou a ser negociada a R$ 4,94. Após abrir acima de R$ 5, o dólar teve leve desaceleração com a orferta de dólares à vista feita pelo BC, que vendeu US$ 1,28 bilhão.

Com as Bolsas caindo ao rendor do mundo, esta quinta-feira foi um dia de estresse também na Bolsa de Valores de São Paulo.

Para quem não sabe, o circuit breaker é a suspensão das atividades da Bolsa por 30 minutos quando o Ibovespa cai 10%. Após a pausa, as atividades são retomadas, mas se a queda se ampliar para 15% depois da reabertura do mercado, existe uma nova suspensão das atividades por 60 minutos.

Se as perdas alcançarem 20% de perda, ocorre uma nova paralisação em prazo a ser definido pela Bolsa. Nesse caso a Bolsa precisa comunicar a decisão ao mercado.

Somada às questões envolvendo o coronavírus, há também o risco-país do Brasil,  que tem subido consideravelmente ao longo da semana. 

TENSÃO AUMENTA APÓS CANCELAMENTO DE VOOS

O mercado é pressionado pelas medidas anunciadas pelo presidente americano, Donald Trump, para a contenção do vírus nos Estados Unidos. As principais moedas emergentes perdem força ante o dólar nesta quinta, sendo o real a segunda mais desvalorizada, atrás apenas do peso mexicano.

À noite, as Bolsas na Ásia passaram a ter perdas relevantes, fechando em queda generalizada na madrugada desta quinta. Os mercados europeus operam, neste momento, em baixa - também generalizada -, e o petróleo recua mais de 5%, nos dois principais índices – WTI e Brent.

O petróleo ainda causa um caos à parte nas Bolsas no mundo inteiro. Desde o início da semana, os preços vêm sofrendo grandes oscilações. Para se ter uma ideia, na segunda-feira, 9, a commodity caiu para o menor valor em quase 30 anos, para patamares que não eram atingidos desde 1991, época da Guerra do Golfo.

Além disso, ainda há o componente local de discordância entre Executivo e Legislativo em relação ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). O Congresso derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que eleva o limite de renda familiar per capita para concessão do benefício de prestação continuada (BPC).

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A votação significa uma derrota para o governo, em meio a uma crise entre os dois Poderes na disputa pelo controle do Orçamento. A equipe econômica deve buscar uma saída jurídica para barrar a decisão. O governo estima um impacto de R$ 217 bilhões em uma década com a derrubada do veto, sendo R$ 20 bilhões apenas este ano.

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