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Boletim Focus: mercado financeiro eleva novamente projeção de inflação

Boletim Focus: mercado financeiro eleva novamente projeção de inflação

Economistas elevaram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - pela 25ª semana seguida neste ano. Perspectiva para a Selic no fim de 2021 permanece em 8,25%

Publicado em 27 de setembro de 2021 às 10:29

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Inflação
Inflação em alta. (Pixabay)

A projeção do mercado financeiro para a inflação em 2021 se distanciou ainda mais do teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC). Os economistas elevaram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - este ano pela 25ª semana seguida, conforme o Relatório de Mercado Focus, de alta de 8,35% para 8,45%. Há um mês, estava em 7,27%. A projeção para o índice em 2022 foi de 4,10% para 4,12%, décimo aumento consecutivo. Quatro semanas atrás, estava em 3,95%.

Considerando apenas as 63 respostas nos últimos cinco dias úteis, a projeção para o IPCA de 2021 passou de 8,40% para 8,52%. Para 2022, foram feitas 61 atualizações nos últimos cinco dias, com a estimativa subindo de 4,10% para 4,14%.

O relatório Focus trouxe ainda a expectativa para o IPCA em 2023, que seguiu em 3,25%. No caso de 2024, a previsão permaneceu em 3,00%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% e 3,00%, respectivamente.

A projeção dos economistas para a inflação segue bem acima do teto da meta de 2021, de 5,25%. O centro da meta para o ano é de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%). Já para 2024 a meta é de 3,00%, com margem de 1,5 ponto (de 1,5% para 4,5%).

IPCA PARA OUTROS MESES

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em setembro de 2021, de alta de 1,03% para 1,10%, conforme o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 27, pelo Banco Central. Um mês antes, o porcentual projetado era de 0,50%.

Para outubro, a projeção no Focus foi de alta de 0,52% para 0,53% e, para novembro, seguiu em 0,40%. Há um mês, os porcentuais indicavam elevações de 0,39% e 0,38%, nesta ordem.

A inflação suavizada para os próximos 12 meses passou de alta de 4,93% para 4,83% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,52%.

SELIC NO FIM DE 2021 PERMANECE EM 8,25%

Após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de setembro, os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2021, em 8,25%. Há um mês, estava em 7,50%. Da mesma forma, a projeção para o fim de 2022 continuou em 8,50% ao ano, ante 7,50% de um mês antes.

Considerando apenas as 49 respostas nos últimos cinco dias úteis, a projeção para a Selic no fim de 2021 continuou em 8,25%. Para 2022, também foram feitas 49 atualizações nos últimos cinco dias, mas a estimativa seguiu em 8,50%.

A estimativa para a taxa Selic no fim de 2023 permaneceu em 6,75%, de 6,50% há quatro semanas. Para 2024, seguiu em 6,50%, como há um mês.

Na semana passada, o Copom subiu pela quinta vez consecutiva a Selic e manteve o ritmo ao elevá-la em 1,00 ponto porcentual, para 6,25% ao ano. Ao mesmo tempo, o colegiado sinalizou um novo aumento de mesma magnitude para a próxima reunião, nos dias 26 e 27 de outubro. 

CÂMBIO PERMANECE EM R$ 5,20

O relatóriodeixou constante o cenário da moeda norte-americana em 2021. A mediana das expectativas para o câmbio no fim de período permaneceu em R$ 5,20, ante R$ 5,15 de um mês atrás. Para 2022, a projeção para o câmbio passou de R$ 5,23 para R$ 5,24, de R$ 5,20 há quatro semanas.

Considerando apenas as 35 respostas nos últimos cinco dias úteis, a projeção para o câmbio no fim de 2021 passou de R$ 5,20 para R$ 5,27. Para 2022, foram feitas 34 atualizações nos últimos cinco dias, com estimativa passando de R$ 5,23 para R$ 5,30.

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A projeção anual de câmbio publicada no Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano. A mudança foi anunciada em janeiro passado pelo BC. Com isso, a autarquia espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

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