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Após recorde, dólar recua e fecha a R$ 5,81; Bolsa tem alta de 1,59%

Após recorde, dólar recua e fecha a R$ 5,81; Bolsa tem alta de 1,59%

Moeda chegou a ser cotada a R$ 5,97 na máxima do dia. Já a Bolsa de Valores de SP retomou o fôlego e encerrou com alta, aos 79.010,81 pontos

Publicado em 14 de maio de 2020 às 19:29

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Dólar
Cotação da moeda americana sofre influência dos indicadores negativos da economia dos EUA e do cenário político do País. (Pixabay)

Após encostar perto dos R$ 6, o dólar recuou no final da tarde desta quinta-feira (14) e fechou cotado a R$ 5,8193, uma queda de 1,38% – valor bem abaixo dos R$ 5,9008 do fechamento do dia anterior. Já a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, retomou o fôlego e encerrou com alta 1,59%, aos 79.010,81 pontos. Influenciam o mercado brasileiro hoje, indicadores negativos da economia dos Estados Unidos e o cenário político do País.

Nesta quinta, a moeda abriu com alta de 0,40%, cotada a R$ 5,9243. Pouco tempo após a abertura, ela acelerou o ritmo de valorização e subiu a R$ 5,9438. A máxima do dia, no entanto, veio às 11h01, quando o dólar registrou ganho de 1,20%, sendo negociado a R$ 5,9718 - o valor marca um novo recorde nominal, quando não se desconta a inflação, para uma cotação. Também fechou em baixa de 1,20% nesta quinta, o dólar para junho, a R$ 5,8245.

Como resultado do movimento de apreciação, a moeda já acumula valorização superior a 47% desde o início de 2022. Em resposta, o Real já é a moeda que mais se desvaloriza entre os principais emergentes, na comparação com o dólar. Para se ter uma ideia, até abril, o dólar avançou apenas 29% no México, 17% na Turquia e 32% na África do Sul. Para conter a alta da moeda hoje, o Banco Central vendeu US$ 890 milhões em contratos de swap cambial (venda de dólares no mercado futuro), e, à tarde, colocou mais US$ 520 milhões em leilão à vista de dólares.

Já a Bolsa chegou a atingir queda de 2,66% nesta quinta, aos 75.705,85 pontos, após o Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, iniciar o pregão com recuo de 1,06%, aos 76.944,63 pontos. Logo na abertura, pesou sobre a B3 o movimento de queda das bolsas da Europa e Ásia - contudo, no final da tarde, ela reverteu timidamente as perdas e tornou a subir.

Com o fechamento de hoje, no qual o giro financeiro totalizou R$ 29,2 bilhões, o Ibovespa limita as perdas a 1,56% na semana, a 1,86% no mês e a 31,68% no ano.

Nesse cenário, foi a possível reaproximação entre Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) que fortaleceu a B3 no final da tarde. Após o encontro no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse que "voltou" a namorar com o deputado.

Os Depósitos Interfinanceiros (DI) também se beneficiaram pelo encontro. No fim do pregão regular, o DI para janeiro de 2021 estava com taxa de 2,640%, ante 2,653% no ajuste de ontem. O janeiro 2022 estava em 3,660%, de 3,642%. O janeiro 2023 recuava a 4,840%, de 4,0943%. E o janeiro 2027 ia de 7,960% para 7,880%.

Porém, nesta quinta, o mercado local foi duramente afetado pela número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, que apesar da queda de 195 mil, ficou em 2,981 milhões na semana encerrada em 9 de maio. O resultado veio acima das previsões dos analistas consultados pelo Wall Street Journal, que traçavam um número em torno de 2,7 milhões de solicitações.

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