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AliExpress abre plataforma para vendedores brasileiros e disputa com Magalu

AliExpress abre plataforma para vendedores brasileiros e disputa com Magalu

A empresa Chinesa de serviço de varejo briga pelo comerciante online com menores comissões e serviço integrado de logística com comissões de 5% a 8%

Publicado em 23 de agosto de 2021 às 18:51

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Compras online
Os pagamentos para os compradores brasileiros serão feitos via AliPay e Pix. Também há parceiras com a Stone e BTG. (Rupixen.com/Unsplash)

A AliExpress anunciou nesta segunda-feira (23) a abertura de sua plataforma para vendedores brasileiros.

Há 11 anos no país, o marketpalce do grupo Alibaba operava, até o momento, somente com serviços de vendas internacionais. Para atrair lojistas, a empresa afirma que irá cobrar comissões de 5% a 8% e ofertar um serviço integrado de logística que vai permitir frete gratuito para todo o país em compras acima de R$ 50.

Os pagamentos para os compradores brasileiros serão feitos via AliPay e Pix. Também há parceiras com a Stone e BTG.

Os chineses chegam com fôlego, com patrocínio do reality show The Masked Singer, da Globo, para entrar na disputa com o maior marketplace do país, o do Magazine Luiza. Mais do que uma disputa por cliente, a briga entre os dois é pelos "sellers", os varejistas que vão integrar o marketplace de cada uma.

Semana passada, a Magazine Luiza anunciou uma campanha de incentivo aos lojistas, com direito a maquininhas de cartão da empresa, e disse que o marketplace da companhia não é "camelódromo".

Yaman Alpata, líder de Local Marketplace na América Latina do AliExpress, diz que a empresa está atenta para a venda sem nota fiscal. "Normalmente, não comentamos falas de competidores, mas posso dizer que a AliExpress coloca importância em compliance e regulamentos do país. Nos adequamos às leis nos locais onde operamos".

Segundo Viviane Almeida, gerente comercial da AliExpress, a empresa só trabalha com vendedores com CNPJ e não aceita pessoas físicas. "Quando o vendedor faz seu registro, é analisado a idoneidade da empresa", afirma. Além de CNPJ, a chinesa também aceita MEI.

Entre os passos que o grupo deu no último ano na expansão da marca no Brasil está o investimento para reduzir o tempo de entrega de produtos. Foi criada uma frota de quatro voos semanais para reduzir a estimativa de entrega para 12 dias em São Paulo.

As entregas nacionais serão feitas pela Cainiao, empresa de logística do grupo Alibaba, que já opera no Brasil. Segundo o grupo, a Cainiao garante repasses financeiros mais rápido que a média do mercado e a possibilidade de saques diários sem custos.

A plataforma chinesa começou a abertura para operações locais em 2019, em países como Turquia e Espanha. O Brasil será o primeiro país das Américas a entrar na modalidade "local to local".

A empresa ainda não tem um centro de distribuição próprio no país mas, segundo Viviane, está nos planos a abertura nos próximos meses. Além da Cainiao, a plataforma faz entregas via Correios, com prazos entre dois e quatro dias.

"A corrida pela entrega rápida é uma questão para todos, e está nas prioridades da AliExpress melhorar este ponto", diz.

A companhia afirma que a privatização dos Correios não afeta a distribuição dos produtos no Brasil, e que busca novos parceiros para fazer a logística no país.

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