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Mercado financeiro prevê Selic em 7,5% e inflação em 7,11% neste ano

Mercado financeiro prevê Selic em 7,5% e inflação em 7,11% neste ano

Mas enquanto juros e preços sobem, previsões para crescimento da economia brasileira caem; entenda a visão dos especialistas

Publicado em 23 de agosto de 2021 às 10:50

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Edifício - sede do Banco Central do Brasil no Setor Bancário Norte
Edifício - sede do Banco Central do Brasil no Setor Bancário Norte. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2021. O Relatório de Mercado Focus, do Banco Central, trouxe nesta segunda-feira, 23, que a mediana das previsões para a Selic neste ano seguiu em 7,50% ao ano. Há um mês, estava em 7,00%.

A projeção para a inflação em 2021 se distanciou ainda mais do teto da meta perseguida pelo BC. Os economistas alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - este ano pela 20ª vez seguida, conforme o Boletim Focus, de alta de 7,05% para 7,11%.

Há um mês, estava em 6,56%. A projeção para o índice em 2022 subiu pela quinta semana consecutiva, agora de 3,90% para 3,93%. Quatro semanas atrás, estava em 3,80%.

No caso de 2022, a projeção da Selic também seguiu em 7,50% ao ano, ante 7,00% de um mês antes. Para 2023, seguiu em 6,50%, igual a quatro semanas atrás. Para 2024, permaneceu em 6,50%, o mesmo patamar das últimas quatro pesquisas.

No começo de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) subiu pela quarta vez consecutiva a Selic e acelerou o ritmo ao elevá-la em 1,00 ponto porcentual, para 5,25% ao ano. Ao mesmo tempo, o colegiado sinalizou um novo aumento de mesma magnitude para a próxima reunião, que será realizada em setembro.

Já o IPCA, o relatório Focus trouxe ainda nesta segunda-feira a projeção para 2023, que seguiu em 3,25%. No caso de 2024, a expectativa continuou em 3,00%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% e 3,00%, respectivamente.

As expectativas para inflação segue bem acima do teto da meta de 2021, de 5,25%. O centro da meta para o ano é de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%). Já para 2024 a meta é de 3,00%, com margem de 1,5 ponto (de 1,5% para 4,5%).

AVANÇO DO PIB

Enquanto os juros e a inflação sobem, os economistas do mercado financeiro reduzem levemente suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 e 2022.

Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de alta de 5,28% para elevação de 5,27%. Há quatro semanas, a estimativa era de 5,29%. Para 2022, o mercado financeiro diminuiu a previsão do PIB de avanço de 2,04% para 2,00%. Quatro semanas atrás, estava em 2,10%.

No Focus divulgado nesta segunda-feira, 23, a projeção para a produção industrial de 2021 caiu de alta de 6,43% para 6,40%. Há um mês, estava em elevação 6,36%. No caso de 2022, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 2,20%, mesmo patamar de quatro semanas antes.

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A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2021 permaneceu em 61,50%. Há um mês, estava no mesmo patamar. Para 2022, a expectativa passou de 63,30% para 63,20%, ante 63,50% de um mês atrás.

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