Formado em Administração, com MBA em Finanças pelo IBMEC e pós-MBA em Inteligência de Mercado pela FGV.

Saiba como o comportamento pessoal influencia nos dilemas financeiros

Nosso comportamento social e pessoal diz muito sobre os nossos dilemas financeiros. Fatores emocionais, sociais, psicológicos, cognitivos e econômicos afetam a tomada de decisão como indivíduos

Quando chegamos à fase adulta, boa parte do nosso psiquismo está formado. Entretanto, ainda nos permitimos ter dilemas financeiros que atuam como empecilhos ao nosso desenvolvimento. Trazer um novo olhar em direção a mudanças de comportamento por parte de pessoas comuns, consumidores, empresas e setor público tem sido um grande desafio, tanto a curto quanto a longo prazo.

Como é possível fazer com que as pessoas, dentro do seu próprio ecossistema, sejam conscientes sobre a importância de pequenas mudanças financeiras cotidianas? Nosso comportamento social e pessoal diz muito sobre os nossos dilemas financeiros.

Numa junção de diversas disciplinas, tais como Economia, Psicologia, Neurociência, Sociologia, entre outras, as Finanças Comportamentais buscam reduzir ou evidenciar os vieses de comportamento a respeito dos quais estamos sujeitos, enquanto tomadores de decisões. Assim, fatores emocionais, sociais, psicológicos, cognitivos e econômicos afetam a tomada de decisão como indivíduos.

Compreender esses vícios comportamentais nos ajudam substantivamente a diminuir ou mesmo a eliminar alguns vieses que muitas vezes nos desviam de um comportamento tido como “racional”, levando-nos a executar ações que nos prejudicam e interferem na nossa saúde financeira.

Tomar decisão pode ser difícil, justamente pelo fato de que ela sempre terá algum impacto em menor ou maior grau em nossas vidas. Decisões complexas implicam "trade-offs" peculiares. Situações “trade-off” significam escolher uma coisa em detrimento de outra. Um país que precisa elevar os juros para conter a inflação faz um “trade-off”.

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Dilemas financeiros. Crédito: Freepik

Não se pode garantir que a perda de bem-estar que uma família tem hoje, reduzindo seu consumo diário para poupar, será compensada por um aumento de bem-estar futuro.

Por outro lado, as Finanças Comportamentais fornecem ferramentas quantitativas para responder esse tipo de questão, por exemplo: taxas de desconto, estimativas de gastos futuros e fluxos de fundos descontados são alguns dos dispositivos que um economista, assessor de investimentos, consultor utilizam quando tentam resolvê-las.

Com a intangibilidade e incerteza crescente no dia a dia dos brasileiros, vieses críticos tendem a ser amplificados, e causar ainda mais estragos. Compreender o porquê desses desvios de comportamento é passo nevrálgico para enfrentar nossos dilemas financeiros.

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