Formada em Ciências Contábeis pela Ufes, com MBA em Controladoria e Finanças e certificações em metodologias ágeis e métricas de produtos. Atua há mais de 18 anos no setor bancário, com experiência em gestão de produtos e projetos, e atualmente lidera a área de Canais Digitais e Contact Center do Banestes

Vale a pena antecipar a restituição do Imposto de Renda?

O prazo para envio das declarações do IR 2023 começa nesta quarta-feira (15) e se estende até o dia 31 de maio

Vitória
Publicado em 14/03/2023 às 16h50
Restituição do Imposto de Renda 2023
Restituição do Imposto de Renda 2023 será realizada a partir de 31 de maio. Crédito: Divulgação

Inicia nesta quarta-feira (15) o prazo para envio da declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física 2023 (IRPF), que é o imposto cobrado pelo governo federal sobre a renda dos brasileiros.

Neste ano, a entrega da declaração vai de 15 de março até 31 de maio e, de acordo com o calendário da Receita Federal, as restituições serão realizadas entre 31 de maio (1º lote) e 29 de setembro (5º lote). Para conhecer as novidades do IRPF 2023, acesse a coluna anterior.

Iniciado o período da declaração do IRPF 2023, é natural surgirem dúvidas sobre a possibilidade de antecipar a restituição e se isso vale a pena.

Antecipar o valor da restituição é uma alternativa oferecida pelas instituições financeiras e não pela Receita Federal. Ou seja, trata-se de um tipo de empréstimo, com incidência de taxas e juros, a ser quitado quando você receber a sua restituição do governo.

Visando garantir o recebimento do empréstimo, as instituições financeiras normalmente solicitam a cópia da declaração do imposto de renda, onde conseguem validar o valor previsto e os dados bancários indicados para o pagamento da restituição.

Por se tratar de um empréstimo, a antecipação da restituição do imposto de renda pode valer a pena para quem está precisando de grana por conta de alguma emergência ou para pagar dívidas mais caras, como cheque especial, cartão de crédito ou empréstimos com juros mais elevados, por exemplo. Mas atenção: ao contratar um empréstimo, é sempre importante realizar simulações, analisar os juros e os encargos e avaliar se é compatível com seu planejamento financeiro.

Portanto, ao decidir pela antecipação para quitar dívidas com juros maiores, é necessário ficar atento:

  1. 01

    Compare o juros da dívida e da antecipação:

    Analise se o juros cobrados para antecipar a restituição é menor do que o da dívida atual, pois só nesse caso vale a pena contratar o empréstimo. Os juros do cartão de crédito, por exemplo, podem chegar a mais de 500% ao ano. Fazer a antecipação para quitar esse tipo de dívida é um exemplo onde pode valer a pena fazer a antecipação.

  2. 02

    Avalie o custo efetivo total:

    O custo efetivo total (CET) é composto pela taxa de juros nominal, além de outros custos embutidos no empréstimo de antecipação, como taxas de análise de crédito, tarifa de abertura de cadastro, taxas administrativas, seguros, IOF (Imposto sobre Operação Financeira), dentre outros. Portanto, é importante ficar atento ao CET, já que a taxa de juros nominal normalmente não contempla todos esses custos.

E se, para você, a antecipação não for necessária, planejar o que será feito com a sua restituição com certeza vale a pena:

  1. Se você possui dívidas em aberto, como contas e boletos atrasados, esse dinheiro pode te ajudar a zerar esses débitos.
  2. Outra opção é iniciar a composição ou realizar a reconstituição da reserva de emergência, que é a quantia que você poderá usar em caso de imprevistos.
  3. Com a reserva de emergência em dia, então você pode pensar em investir esse dinheiro.

Cuidar da sua saúde financeira, além de proporcionar mais qualidade de vida e evitar o endividamento sem controle, também te ajuda a manter suas finanças no azul.

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