Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Uma polêmica desnecessária sobre uma situação que deveria ficar dentro de campo

Jogadores de Vasco e Vila Nova se irritaram com a forma direta e dura do árbitro Felipe Fernandes, que usou expressões fortes para responder os questionamentos das marcações na partida pela Série B

Publicado em 12/08/2021 às 09h27
Vasco
A arbitragem de Vasco e Vila Nova foi duramente criticada pela forma ríspida ao ser questionada pelos atletas e comissões técnicas. Crédito: Érica Martin/Folhapress

Estão criando uma polêmica envolvendo o árbitro mineiro Felipe Fernandes de Lima no jogo do Vasco  e Vila Nova, válido pela série B do Campeonato Brasileiro. Quem já esteve dentro de campo deve saber que o que acontece ali deve ficar no campo. Isso é uma espécie de norma de conduta entre árbitros e jogadores e sempre foi assim. Claro que há um limite do que se fala, mas um áudio vazado devido à falta de público não pode transformar esse ambiente em uma reunião de santinhos porque não funciona dessa forma.

O árbitro falou para alguns jogadores que eles estavam "acostumados com árbitro de série B" - sabe-se lá o que ele escutou antes disso. Depois, ao responder ao lateral Zeca, do Vasco, soltou: "explicação só dou para minha esposa". Certamente o jogador pediu satisfação sobre alguma marcação dele e a resposta do árbitro foi bem direta.

Apitei futebol durante quinze anos e asseguro que não dá para pedir por favor para tudo. Tem que ser direto, sem desrespeito, que assim ninguém se ofende. Tanto é que os jogadores não tocaram no assunto após o jogo, mesmo sendo questionados pelos repórteres. Eles sabem muito bem que essa conversa é normal e que o árbitro também escuta muita coisa deles e que tudo ali.

Muitas vezes o jogador, nervoso com o jogo, desabafa em uma jogada que deu errado ou com um companheiro que cobra dele. Em outras, muitos deles, que estão com dois cartões amarelos, pedem o terceiro para ficarem do fora do próximo jogo. São coisas que ficam dentro daquele espaço, assim como deveria ser com o desabafo de um árbitro quando pressionado.

Orelha de árbitro sai quente de campo com a torcida e com alguns treinadores desbocados. O que o árbitro mineiro Felipe Fernades falou está longe de chegar perto do que ele escuta. O que se fala em campo fica dentro de campo. Nesse quesito jogadores e árbitros se entendem bem.

VAR EM AÇÃO

No jogo do Flamengo contra o Olimpia, pela Libertadores, aconteceu um daqueles lances pouco prováveis. O lateral Felipe Luiz, do Flamengo, cometeu falta por trás no atacante Sosa, do Olímpia, recebendo o segundo cartão amarelo e, por consequência, o vermelho. Porém, o VAR chamou o árbitro para analisar o lance anterior que Arrascaeta havia sido derrubado na área adversária e que ele mandou seguir. 

Flamengo
O VAR revisou o lance em que o jogador do Olimpia saiu de ambulância e Arrascaeta, do Fla, não foi punido . Crédito: Cesar Olmedo/Reuters

O resultado foi que o árbitro marcou o pênalti após rever o lance no vídeo e anulou a expulsão do Felipe Luiz, porque teoricamente o lance não teve validade, devido à infração anterior. A regra diz que se a falta do Felipe Luiz tivesse sido para cartão vermelho direto por ação temerária ou jogo brusco grave, a expulsão seria mantida, mas como se tratou de uma falta tática, ou seja, com o intuito de parar a jogada, o árbitro acertou ao anular a punição.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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