Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Profissionalização da arbitragem brasileira está na pauta da Fifa

Daniel Alves sugeriu algumas mudanças no futebol à Fifa. Entre elas está a profissionalização e capacitação dos árbitros brasileiros

Publicado em 25/03/2021 às 02h00
Atualizado em 25/03/2021 às 02h07
Daniel Alves
Daniel Alves sugeriu mudanças ano futebol à Fifa e ressaltou a importância de profissionalização da arbitragem. Crédito: Daniel Alves/Daniel Alves

Uma publicação do presidente da Fifa, Gianni Infantino, no Twitter oficial da entidade, declarando buscar melhorias e soluções para o futebol, e dizendo que a nova Fifa é o local ideal para o debate de todos envolvidos no esporte, despertou opiniões de personalidades como o craque brasileiro Daniel Alves, que demonstrou preocupação com a arbitragem. 

Em suas redes sociais, o lateral-direito disparou contra o árbitro de vídeo e cobrou capacitação e profissionalização dos árbitros. Além disso, posicionou-se em relação às alterações na regra do jogo, pedindo a cobrança de arremesso lateral com os pés, sem justificar os motivos, e disse estar preocupado com o tempo perdido com as consultas ao VAR; sugeriu ainda estipular um tempo mínimo para que os árbitros façam a checagem dos lances. E finalizou falando contra a suspensão dos jogadores por cartões, salvo em caso de agressão. 

De fato, a Fifa já foi mais resistente a mudanças e encontra dificuldades com a implantação do VAR em alguns pontos do mundo em relação ao protocolo único e pelo elevado custo da tecnologia. As sugestões do jogador têm certo fundamento, pois buscam agilizar a dinâmica do jogo, evitando perdas de tempo desnecessárias. Entretanto, em relação a acabar com a suspensão dos jogadores por recebimento de cartão, salvo em caso de agressão ele peca, afinal isso poderia estimular simulações de faltas e o antijogo, mais conhecida como "cera", por exemplo. 

COMISSÃO DE ÁRBITROS DA FEDERAÇÃO ALAGOANA CONCORDA COM DANIEL ALVES

Consultado pela nossa coluna, o presidente da comissão de árbitros da Federação Alagoana de Futebol, Charles Herbert, concorda com o jogador e demonstra como a capacitação dos árbitros é deficitária. Muito diferente dos jogadores, eles não possuem estrutura de treinamento como CTs, profissionais multidisciplinares e logística adequada. 

Segundo Charles, muitos árbitros são autônomos e dessa forma não conseguem treinar todos os dias, pois têm outra profissão para manterem as famílias. Em relação ao VAR, o presidente da comissão alagoana afirmou que se trata de uma ferramenta caríssima com custo muito elevado para as entidades e para os clubes, mas os árbitros só treinam nos aparelhos uma vez por ano, no máximo dez dias, em local selecionado pela CBF. 

Neste cenário, ele questiona como o árbitro pode ficar preparado com apenas dez dias de treino ao ano. Finalizou dizendo que falta um programa nacional de arbitragem por parte da CBF, que invista na profissionalização dos árbitros brasileiros de todas as regiões e que há recursos suficientes para isso.

A Gazeta integra o

Saiba mais

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.