Colunista de Esportes

Com o Flamengo não tem perdão. Que venha o River Plate na final da Libertadores

Vencer uma semifinal da Libertadores com essa autoridade não é pra qualquer time. O Rubro-Negro massacrou o Grêmio no Maracanã. O elenco comandado por Jorge Jesus tem fome e não se cansa de atropelar os rivais

Publicado em 23/10/2019 às 23h43
Em grande fase, Gabigol marcou dois gols na goleada do Flamengo sobre o Grêmio. Crédito: Alexandre Vidal/Flamengo
Em grande fase, Gabigol marcou dois gols na goleada do Flamengo sobre o Grêmio. Crédito: Alexandre Vidal/Flamengo

O Flamengo vence, vence e vence. Presenciamos na noite desta quarta-feira (23) uma das maiores vitórias da história da Libertadores. Em uma semifinal que prometia equilíbrio e tensão, o time Rubro-Negro mostrou maturidade e técnica para vencer com autoridade. Atropelar o Grêmio em um jogo de mata-mata é um feito gigante. Uma goleada incontestável: 5 a 0 (6 a 1 no placar agregado) e com a marca de uma equipe que escolheu jogar futebol independentemente do rival ou da situação. Se cuida, River Plate! O Flamengo vai ser um osso duro de roer na grande final da competição continental.

Méritos de um elenco muito talentoso e também do técnico Jorge Jesus, que definiu seu estilo de jogo e não ousa fugir dele. Os adversários que se virem, e eles seguem falhando. Gabigol e Bruno Henrique vivem grande fase, as laterais com Rafinha e Filipe Luís são de altíssimo nível. Um time que está encaixado, que tem vocação para o ataque e vai amassando seus rivais um a um.  Assistimos a um massacre. 

Do outro lado do campo estava um Grêmio que lutou no primeiro tempo, mas sucumbiu na segunda etapa. Renato Gaúcho tentou corrigir erros. Tirou Rafael Galhardo da lateral direita e apostou no zagueiro Paulo Miranda para a função. Defensivamente começou bem, mas não resolveu. Ofensivamente foi um desastre: sem qualidade para apoiar, o zagueiro improvisado de ala fez o time concentrar quase todas as suas ações ofensivas pelo lado esquerdo e se tornar previsível ao rival.  

Após tanto falar antes das duas partidas das semifinais, Renato Gaúcho terá que se render ao futebol jogado pelo Flamengo e entender que o Mister fez a diferença. Se esses dias o Grêmio foi derrotado pelo Bahia e o treinador reclamou que perdeu por conta da postura defensiva do rival, o que dizer agora que viu seu time ser massacrado por uma equipe com DNA ofensivo? É hora apenas de reconhecer o bom trabalho dos adversários.

O Jogo

O Grêmio começou até surpreendendo o Flamengo. Renato Gaúcho apostou em uma marcação alta e nos primeiros minutos o time Rubro-Negro não conseguiu criar boas chances e ficou travado em campo. Apesar da posse de bola dominante, o Fla não conseguia incomodar o Tricolor Gaúcho. Com o passar da primeira etapa, o confronto ficou mais equilibrado. O Grêmio foi perigoso em alguns lances, mas o Flamengo respondeu com perigo. 

Curiosamente, as melhores chances do Flamengo no primeiro tempo foram construídas nos contra-ataques. O time de Jorge Jesus que possui a criação como marca também consegue ser letal nos contragolpes. E foi assim que surgiu o gol. Bruno Henrique pegou a  bola ainda no campo de defesa, partiu em velocidade e tocou para Gabigol, que chutou para defesa de Paulo Victor, mas o mesmo Bruno Henrique, que iniciou a jogada, apareceu para aproveitar o rebote e empurrar a bola para as redes. 

O zagueiro Pablo Marí marcou o quarto gol do Flamengo e comemorou com o atacante Bruno Henrique. Crédito: Alexandre Vidal/Flamengo
O zagueiro Pablo Marí marcou o quarto gol do Flamengo e comemorou com o atacante Bruno Henrique. Crédito: Alexandre Vidal/Flamengo

A intensidade do Flamengo apareceu naturalmente no início do segundo tempo. Mal saiu a bola e o Rubro-Negro criou sua primeira chance de perigo, que resultou em escanteio.  Na sequência, Gabigol aproveitou o córner e acertou um lindo chute para ampliar o placar. Sem deixar o rival respirar, o Flamengo foi pra cima e o terceiro gol saiu novamente com Gabigol, após converter pênalti sofrido por Bruno Henrique: 3 a 0. 

A partir daí virou passeio, o Flamengo já tinha o total controle do jogo e se aproveitou das jogadas aéreas para sacramentar a vitória. Os zagueiros Pablo Marí e Rodrigo Caio marcaram os últimos gols: 5 a 0 no placar, futebol alegre no gramado, gritos de olé da torcida rubro-negra nas arquibancadas e clima de êxtase no Maracanã.

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