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Marca Ambiental vai investir R$ 50 milhões em usina de biometano

A maior empresa do ES de tratamento e destinação de resíduos está investindo pesado na produção de energia e combustível a partir do que é liberado pelos seus aterros

Publicado em 17/02/2023 às 03h50

A Marca Ambiental, maior empresa do Espírito Santo em soluções para resíduos, está investindo forte na produção de energia a partir do gás metano liberado pelos aterros da empresa, em Cariacica. Hoje, a Marca produz 3 MW/h de energia, o suficiente para abastecer uma cidade com 30 mil habitantes. Até abril, será inaugurada a ampliação da termelétrica, que passará a ter capacidade para 5 MW/h (limite da Aneel para ser classificado como microgerador).

Os 5MW/h de energia elétrica que serão produzidos a partir de abril não serão suficientes para absorver todo o metano liberado pelos aterros da companhia, que recebe algo perto de 50% do lixo gerado no Estado. Por isso, os donos da Marca Ambiental, os empresários (e irmãos) Sérgio e Harley Ribeiro, decidiram colocar de pé uma usina de biometano com capacidade para produzir 2 mil m³/hora. Um investimento de R$ 50 milhões, que vai ficar na área da empresa na Rodovia do Contorno, que está programado para começar a operar em meados de 2024.

O biometano é um combustível renovável e de alta qualidade, com uma composição muito semelhante ao gás natural. Portanto, é um substituto do combustível fóssil. Pode ser usado também para substituir gasolina, diesel, álcool e o próprio gás natural nos veículos leves e pesados. O biometano também pode ser utilizado na geração de energia elétrica.

Diante do cenário, os executivos da Marca já mantêm conversas com a ES Gás, responsável pela distribuição de gás no Estado, para uma possível parceria. De acordo com a Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), o potencial para biometano no país é de 100 milhões de m³/dia, o suficiente para substituir 40,8 bilhões de litros de óleo diesel por ano.  

O uso deste combustível vem crescendo entre distribuidoras de gás natural, motivado pela abertura do mercado de gás, que estimula o ingresso de supridores privados para atender tantos os consumidores cativos como aqueles classificados como aptos ao mercado livre, que devido ao alto consumo de gás podem negociar a molécula diretamente com o fornecedor de sua preferência, remunerando a distribuidora pelo uso de sua infraestrutura. 

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Vista aérea da Marca Ambiental, a maior empresa do Estado no segmento de tratamento de resíduos. Crédito: Marca Ambiental/ Divulgação

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