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É comum chover tanto em fevereiro no ES? Entenda

É comum chover tanto em fevereiro no ES? Entenda

Entre os fenômenos citados que geraram os grandes acumulados de chuva, estão frentes frias, zona de convergência e corredor de umidade

Publicado em 15 de fevereiro de 2022 às 08:30

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Tempo fechado e com chuva neste domingo (13/02) em Vitória
Tempo fechado e com chuva neste domingo (13), em Vitória. (Vitor Jubini)

As duas primeiras semanas de fevereiro foram marcadas por alertas quase diários de chuva intensa no Espírito Santo. De norte a sul, foi possível observar algum impacto provocado por esse tempo instável. Mas é comum chover tanto no Estado neste mês?

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), fevereiro é considerado um mês com muitas chuvas, assim como janeiro e março. O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) evidencia que, mesmo fazendo parte dessa época chuvosa, o mês apresenta diminuição nos acumulados de chuva em comparação aos demais meses do período chuvoso de outubro a abril.

Em 2022, no entanto, diversas localidades já superaram a média histórica de chuva. Os maiores acumulados no Estado em anos anteriores não superam os 150 mm nas proximidades do Caparaó, enquanto o centro-sul capixaba e as proximidades de Ecoporanga a Pancas observam de 90 a 120 mm de chuva. Nas demais áreas do Estado, em média, a chuva ao longo do mês não passa dos 90 mm.

Confira abaixo as cidades que registraram os maiores acumulados até domingo (13) comparados às médias históricas de 1984 a 2014:

É comum chover tanto em fevereiro no ES?

POR QUE TANTA CHUVA?

Segundo o Inmet, as chuvas no Estado têm sido provocadas pela Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Na mesma linha, o Incaper evidencia que esse é o principal fenômeno atmosférico causador das chuvas volumosas nesta época do ano.

A atuação direta ocorre quando a nebulosidade associada a esse fenômeno se encontra sobre o território capixaba e a sua atuação indireta ocorre quando esse sistema não está diretamente sobre o Estado, mas a sua aproximação contribui para a convergência de umidade nas camadas médias e altas da atmosfera.

Quando se associam, o calor e a umidade provocam pancadas de chuvas de forte intensidade em um curto período de tempo, acompanhadas de rajadas de vento, descargas elétricas e eventuais quedas de granizo em pontos isolados.

Além da ZCAS, o Inmet cita o corredor de umidade e de forte instabilidade vindo desde a Amazônia e que atingiu a Região Sudeste do país até o litoral, além de frentes frias estacionárias e/ou semiestacionárias no litoral da região, potencializando o regime de chuva.

E VEM MAIS ÁGUA POR AÍ

Conforme explica o Incaper, o tempo deve continuar instável nesta semana. A previsão é de sol e pancadas de chuva a partir da tarde em todas as regiões. Já a partir da próxima semana, as chuvas devem ser menos frequentes.

As informações são dos meteorologistas Marlene Leal e Anderson Cunha, do Inmet, e de Hugo Ramos, do Incaper.

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