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Disputa quente para participar da elite do Carnaval de Vitória

Disputa quente para participar da elite do Carnaval de Vitória

Sete vão desfilar nesta sexta-feira (14), em busca de  lugar no grupo especial. Veja quais são

Publicado em 7 de fevereiro de 2020 às 21:09

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Casal de mestre-sala e porta-bandeira da Pega no Samba encanta o público. (Arquivo AG)

Muita gente desconhece, mas a disputa no Carnaval de Vitória não se resume às escolas do grupo especial que se apresentam no sábado. A batalha pelo desfile mais bonito, tecnicamente bem feito e capaz de emocionar,  é também das agremiações do grupo A. Neste ano, sete escolas vão entrar no Sambão, a partir das 22 horas desta sexta (14), carregando como principal fantasia o desejo de surpreender para voltar à elite da festa de momo. 

A primeira a entrar na avenida será a Pega no Samba que, em 2019, deixou o grupo especial após alguns problemas em harmonia durante o seu desfile. Para 2020, a escola do bairro Consolação, em Vitória,  se sustenta no enredo que defende "intolerância jamais" e ainda pede paz.  Com 1,2 mil componentes e três carros alegóricos, a agremiação promete surpreender na avenida. A Pega no Samba foi fundada em janeiro de 1976 como bloco carnavalesco e, cinco anos mais tarde, virou escola.

Muitas cores, plumas e brilho no desfile da Chega Mais. (Arquivo AG)

Na sequência, será a vez do desfile da Chega Mais, das comunidades do Quadro e Santa Teresa, também na Capital. Em 2020, a agremiação está completando 40 anos de sua fundação e vai alcançar idade nova celebrando a cachoeirense Dora Vivacqua, mais conhecida pelo nome artístico da dançarina Luz Del Fuego. O desfile da escola será composto por 1,2 mil integrantes distribuídos em 17 alas. Em um de seus carros alegóricos, naturistas de diversas cidades do país vão representar a atividade que a dançarina ajudou a difundir no Brasil.

A terceira escola a desfilar na sexta-feira será a Andaraí. Criada em 1946, a verde e rosa capixaba ganhou ares de escola de samba quase 30 anos depois, em 1975, mas sempre foi considerada parte da folia de momo. Neste ano, vai exaltar na avenida um dos símbolos da cultura brasileira: a cachaça. A agremiação vai para o Sambão com 1,3 mil componentes em 22 alas e três carros alegóricos.

Abre-alas da Andaraí mostra a imponência da escola logo no início da apresentação. (Arquivo AG)

Única agremiação de fora de Vitória a desfilar no grupo A, a serrana Rosas de Ouro vai levar para o Sambão um enredo que celebra o congo, falando também do povo negro e suas lutas. A escola foi fundada em 1984 e obteve o seu mais importante resultado em 2006, quando conquistou o vice-campeonato no grupo especial. Na passarela da folia, 1,1 mil componentes em 16 alas e mais dois carros alegóricos vão contar a história, da África ao município da Serra.

A Rosas de Ouro mostra-se exuberante ao atravessar o Sambão . (Arquivo AG)

Chegou o que Faltava aposta na sorte ao colocar patuás, figas e trevos no seu samba. Mas a escola de Goiabeiras conta também com muita dedicação de seus componentes e da comunidade para fazer um desfile que possa contagiar o público de alegria. Será a quinta agremiação a entrar no Sambão com mil componentes divididos em 18 alas, mais três alegorias - incluindo o abre-alas. 

Componentes da Chegou o que Faltava se apresentam com muita emoção. (Arquivo AG)

A Magia do Tempo vai tomar conta da avenida quando a Unidos de Barreiros pisar no Sambão. Esse é o enredo da escola de São Cristóvão, cujo primeiro desfile oficial, ainda no Centro de Vitória, ocorreu em 1936. A agremiação vai fazer um rápido resgate na história para tentar voltar ao grupo especial. 

Alegria dos ritmistas marcando a passagem da Unidos de Barreiros pela avenida. (Arquivo AG)

Finalizando a noite, Mocidade da Praia. A escola foi campeã do grupo B, em 2019, resultado que a colocou nos desfiles de sexta-feira este ano. Fundada na Praia do Canto em 1947, a agremiação vai cantar "um mundo azul", abordando a diversidade do universo das pessoas com autismo. 

O presidente da Liga Espírito Santense das Escolas de Samba (Lieses), Edson Rodrigues de Freitas Neto, destaca que a cada ano as agremiações têm se dedicado mais a fazer um bom desfile. No caso das que se apresentam às sextas-feiras, além da disputa para alcançar a elite do Carnaval, Edson Neto aponta que há uma preocupação em não cair para o grupo B, que desfila às quintas-feiras e ainda atrai pouca atenção, embora seja um dia de apresentações gratuitas. 

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