Publicado em 8 de janeiro de 2024 às 08:35
O Congresso Nacional realiza nesta segunda-feira, 8, uma cerimônia em memória dos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ato, marcado para as 15 horas, deve contar com a presença de 500 pessoas, entre autoridades e convidados.>
Entre as autoridades participantes, estão o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin. Além de governadores e ministros do governo Lula, também são esperadas as presenças dos comandantes das três Forças Armadas.>
A participação dos militares é um pedido específico do ministro da Defesa. Para José Múcio, a presença dos chefes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica passará uma mensagem de compromisso dos militares com a legalidade e com as instituições democráticas.>
O evento terá a presença da ex-ministra do STF Rosa Weber, do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e do novo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Também estarão no Congresso a primeira-dama Janja da Silva e Lu Alckmin, esposa do vice-presidente.>
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Representantes das organizações da sociedade civil estão na lista de convidados. Uma das participações confirmadas é de Aline Sousa, integrante do Movimento Catadores do Distrito Federal que entregou a faixa presidencial a Lula na cerimônia de posse, sete dias antes dos ataques golpistas na Praça dos Três Poderes.>
Veja a programação do ato que marca um ano do 8 de Janeiro:>
A previsão é a de que o ato seja aberto com a ministra da Cultura, Margareth Menezes, cantando o Hino Nacional, às 15 horas. Um vídeo institucional sobre os ataques deve ser exibido na sequência. Em seguida, Lula, Pacheco, Lira e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, devem discursar. Também está previsto um discurso da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), representando os demais chefes de Executivos estaduais.>
Para encerrar o ato, as autoridades irão receber simbolicamente uma tapeçaria de autoria do artista plástico Burle Marx, que foi depredada durante a invasão do Congresso e restaurada após os ataques. Também será entregue a réplica da Constituição Federal que foi removida do acervo do STF pelos golpistas e recuperada sem danos pela Polícia Federal (PF).>
O evento no Congresso deve ter a presença esvaziada de governadores de oposição ao governo Lula. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que chegou a ser afastado das suas funções após os ataques de 8 de janeiro pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, não irá comparecer ao Congresso pois está de férias. O governo distrital será representado pela vice-governadora, Celina Leão (PP).>
O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), também desfalcará a bancada de governadores por "recesso das atividades administrativas". O seu vice, Barbosinha (PP) também não comparecerá ao Congresso devido a agendas no interior do Estado.>
Quem também não virá a Brasília é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que está na Europa. O vice-governador Felicio Ramuth (PSD) também não está no Brasil.>
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) e Cláudio Castro (PL), correligionário do ex-presidente Jair Bolsonaro, não confirmaram presença. A equipe do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também disse que a ida dele para o evento não havia sido definida.>
Já o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), enviou um ofício a Lula agradecendo pelo convite ao evento, mas disse que não poderia participar por conta de "compromissos previamente agendados".>
Em contrapartida, os outros dois chefes de Executivo estaduais do PSDB, Raquel Lyra, de Pernambuco, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, confirmaram as suas presenças ao Estadão.>
Também será realizado um evento para marcar o primeiro ano dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro no STF, às 14 horas. No térreo da sede da Corte será promovida a exposição "Após 8 de janeiro: Reconstrução, memória e democracia", que estará aberto ao público das 13 às 17 horas.>
A exposição irá mostrar cenas da reconstrução da Corte após os ataques e registros do trabalho das equipes responsáveis pela restauração do patrimônio do prédio. Também serão mostradas peças danificadas e fragmentos decorrentes da violência dos golpistas.>
Às 14 horas da segunda, os ministros do STF irão se reunir para realizar a abertura da exposição. O ato será liderado por Luís Roberto Barroso. De lá, os magistrados devem seguir para o Congresso para acompanhar o ato no Salão Negro.>
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