Publicado em 11 de janeiro de 2021 às 18:42
- Atualizado há 5 anos
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta segunda-feira, 11, que o programa de vacinação contra a Covid-19 pode priorizar inicialmente a aplicação de somente a primeira dose na população, pois assim já aconteceria imunização em massa E só depois todos receberiam a segunda dose. >
Ao falar sobre a vacina de Oxford, que será produzida no Brasil pela Fiocruz, o ministro informou que 100 milhões de doses devem chegar até junho e mais 110 milhões até dezembro, totalizando 210 milhões de doses.>
"Com duas doses vai a 90 e tantos por cento (a eficácia da imunização da vacina de Oxford). Com uma dose vai a 71%. Com 71%, talvez, a gente entre para imunização em massa. É uma estratégia que o CVS (Centro de Vigilância Sanitária) vai fazer para reduzir a pandemia. Talvez o foco não seja na imunidade completa, mas na redução da contaminação. E aí a pandemia diminui muito. Podendo aplicar a segunda dose depois de um tempo Espero que tenha sido claro. Tudo isso vem pela Fiocruz e Biomanguinhos, nossa maior estrutura.">
As declarações foram dadas em Manaus, onde o ministro se reuniu com o governador do Amazonas, Wilson Lima, para discutir medidas de enfrentamento à pandemia diante do avanço da doença no Amazonas. Na média dos últimos 14 dias, houve alta de 72% nas contaminações e 80% nas mortes, segundo os dados do governo estadual.>
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Em todo o Amazonas, tanto a rede pública como a privada encontram-se com mais de 90% dos leitos ocupados, sejam normais ou de UTI. Segundo o ministro, o Brasil já tem contratado, o total de 354 milhões de doses de vacinas.>
Pazuello voltou a afirmar que a vacinação terá início simultâneo em todas as unidades da federação, mas não deu uma data. Informou vagamente: "no dia D e na hora H". A única garantia que deu é que os brasileiros estarão vacinados "três a quatro dias" após a aprovação do uso emergencial de qualquer vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).>
Também acrescentou ainda que cada Estado precisa ter um plano de imunização próprio preparado, devido às peculiaridades logísticas locais. O ministro apresentou três possíveis cronogramas. Em um panorama mais curto, a vacinação poderá começar até 20 de janeiro, segundo ele, caso haja liberação rápida da Anvisa. Nessa hipótese, já há 6 milhões de doses da CoronaVac, da empresa chinesa Sinovac, disponíveis para uso, que foram importadas pelo Instituto Butantã, de São Paulo.>
Nesse caso, segundo ele, uma dificuldade é que a CoronaVac não possui autorização para uso emergencial nem mesmo na China, o que pode resultar em demora maior para a aprovação pela Anvisa. Ele afirmou que o ministério "tem todo interesse" na aprovação do imunizante.>
Outras 2 milhões de doses da vacina da Astrazeneca/Oxford já foram compradas na Índia, onde já tiveram uso autorizado, disse o ministro. A chegada deve ocorrer dentro de dez dias, a depender de liberação pelo governo indiano.>
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