Publicado em 3 de abril de 2021 às 14:42
- Atualizado há 5 anos
Depois de trocar toda a cúpula militar por falta de apoio político a suas iniciativas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) levou o novo ministro da Defesa, o general da reserva Walter Braga Neto, para tomar sopa, na manhã deste sábado (3), na região administrativa de Itapoã, no Distrito Federal, a 15 km de Brasília.>
Bolsonaro, Braga Netto e os seguranças presidenciais eram os únicos visíveis em transmissão ao vivo feita pelo mandatário que não usavam máscara na Associação Beneficente Cristã Casa de Maria - Beth Myriam.>
"A guerra, da minha parte, não é política. É uma guerra que, realmente, tem a ver com o futuro de uma nação. Não podemos esquecer a questão do emprego. O vírus, o pessoal sabe que estamos combatendo com vacinações. Apoiamos medidas protetivas, agora, tudo tem um limite", disse Bolsonaro enquanto tomava da sopa que estava sendo preparada no local para pessoas carentes.>
Diante do general, que no início da semana deixou a Casa Civil para assumir a Defesa, o presidente disse que os militares passarão a colaborar com a vacinação da população contra a Covid-19.>
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"As Forças Armadas estão à disposição para começar também a vacinar, colaborar para vacinar. Praticamente todos os quartéis do Brasil têm esta condição", disse o presidente.>
Bolsonaro voltou a se dizer contra a política que ele chama de "fecha tudo" e, sem citar dados, afirmou que "grande parte dos prefeitos querem uma mudança nesta política".>
Há uma expectativa pela vacinação do presidente, já que que o Distrito Federal começou, neste sábado, a vacinar pessoas com 66 anos, faixa etária do mandatário.>
Desde que deu uma guinada em seu discurso e passou a defender a vacinação, a ideia era que o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, imunizasse o presidente. Auxiliares de Bolsonaro, porém, dizem que, até o momento, não há previsão de quando ele receberá a primeira dose.>
Em sua live de quinta-feira (1º), ele disse que queria ser o último brasileiro a ser vacinado.>
"Depois que o último brasileiro for vacinado, se estiver sobrando uma vacina, daí eu vou decidir se vacino ou não", afirmou o presidente, que tenta se equilibrar entre a defesa da vacinação e os acenos a sua base eleitoral mais radical.>
O passeio presidencial deste sábado tem um simbolismo político. Uma das queixas ao general da reserva Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa até segunda-feira passada (29), era falta de apoio político a ações e declarações de Bolsonaro.>
Novo ocupante do cargo, Braga Netto aparece no vídeo de colete de couro, sem máscara e tomando sopa, a exemplo do presidente.>
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