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Primeiro brasileiro com varíola dos macacos deixa hospital após alta

Primeiro brasileiro com varíola dos macacos deixa hospital após alta

Até o momento, o Brasil registra oito casos confirmados desse tipo de varíola, sendo quatro deles em São Paulo. Outros seis casos suspeitos estão sob investigação

Publicado em 20 de junho de 2022 às 17:59

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O segundo exame não detectou a presença de substâncias ilícitas no corpo do cliente do laboratório
Seis casos suspeitos de varíola dos macacos estão sob investigação, de acordo com o Ministério da Saúde. (Divulgação)

Anderson Ribeiro, primeiro brasileiro diagnosticado com a varíola dos macacos no Brasil, recebeu alta do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, na manhã desta segunda-feira (20). Ele ficou catorze dias em isolamento no hospital.

O gerente de Produtos e Projetos de Recursos Humanos de 41 anos começou a apresentar os sintomas característicos da doença (febre, aparecimento de gânglios, erupções na pele, dor nas costas, fraqueza muscular e dor de cabeça) após voltar de uma viagem da Europa. Ele passou, com a mãe, por Portugal e Espanha. A confirmação do diagnóstico veio no dia 9 de junho.

Ainda nesta segunda, pelas redes sociais, Anderson publicou fotos recebendo alta e tirou uma selfie com a equipe médica. Ele já publicou até mesmo fotos e vídeos trabalhando de casa em home office.

Segundo ele, todos os sintomas já passaram e as feridas cicatrizaram. Ele exaltou a importância de seu isolamento e disse que, apesar da saudade de seus familiares e amigos, o ato foi muito importante para frear a transmissão do vírus.

À TV Globo, ele comentou que a viagem pela Europa foi um presente de aniversário para a mãe. Ela está sendo monitorada, mas não apresentou sintomas da doença até o momento, bem como todas as outras pessoas com quem Anderson teve contato.

Até o momento, o Brasil registra oito casos confirmados desse tipo de varíola, sendo quatro deles em São Paulo. Outros dois casos foram registrados no Rio de Janeiro e mais dois no Rio Grande do Sul. Seis casos suspeitos estão sob investigação, de acordo com o Ministério da Saúde.

CONTÁGIO

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo/íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Esse contato pode ser, por exemplo, por abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias próximos e por tempo prolongado.

Para prevenir a infecção, a recomendação é de evitar contato próximo/íntimo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado; evitar o contato com qualquer material, como roupas de cama, que tenha sido utilizado pela pessoa doente; e higienizar as mãos, lavando-as com água e sabão e/ou uso de álcool gel.

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início desses sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele que podem estar localizadas em mãos, boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

A varíola dos macacos pode ser letal, mas o risco é baixo. Existem dois grupos distintos do vírus da doença circulando no mundo, agrupados com base em suas características genéticas: um predominantemente em países da África Central - com taxa de fatalidade de cerca de 10% - e outro circulando na África Ocidental, com taxa bem menor, de 1%.

Complicações podem ocorrer, principalmente infecções bacterianas secundárias da pele ou dos pulmões, que podem evoluir para sepse e morte ou disseminação do vírus para o sistema nervoso central, gerando um quadro de inflamação cerebral grave chamado encefalite, que pode ter sequelas sérias ou levar ao óbito.

Além disso, como toda doença viral aguda, a depender do estado imunológico do paciente e das condições e acesso à assistência médica adequada, alguns casos podem levar à morte.

Na próxima quinta (23), uma reunião será feita para debater o crescente número de infecções em todo o mundo. A OMS avalia se vai declarar ou não a disseminação de casos de varíola dos macacos uma emergência de saúde global.

São mais de 2100 casos confirmados da varíola do macaco, em 42 países do mundo.

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