Publicado em 25 de julho de 2022 às 07:26
A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando uma quadrilha suspeita de furtar toneladas de ferro-gusa em ferrovias de Minas Gerais. Segundo a reportagem, o material, composto por minérios usado pela indústria, era vendido por R$ 1,3 mil no início de 2020 e já ultrapassa os R$ 4 mil neste ano. As informações são do Fantástico, da TV Globo.>
Uma investigação da polícia já identificou cerca de 18 membros da quadrilha responsáveis pelos furtos do material. Do total, cinco estão presos e respondem por furto e receptação, já os outros 13 respondem aos processos em liberdade.>
De acordo com a Polícia Civil, do início de 2020 até março deste ano, foram 470 registros de ocorrência sobre o furto de ferro-gusa. Os furtos ocorrem, principalmente, nas ferrovias da região metropolitana de Belo Horizonte (MG), onde ficam instaladas as indústrias. O estado de Minas Gerais é o principal produtor do material no Brasil e é responsável por 77% da produção nacional.>
Crianças e adolescentes estão entre os principais aliciados para cometerem os furtos. Eles ficam responsáveis por subir nas composições em andamento, retirar o ferro-gusa e jogar os materiais para fora dos trilhos.>
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"Aquelas pessoas que a gente efetivamente vê cometendo o crime, as que sobem no vagão, geralmente são pessoas carentes que vivem no entorno da linha férrea onde passa o transporte do ferro-gusa, às vezes moradores de rua, pessoas viciadas em droga, crianças. Às vezes você vê mulher gravida, pessoas que estão passando dificuldades financeiras e são seduzidas, cooptadas, pelos receptadores para fazer essa parte do furto", disse Irene Angélica Franco e Silva Leroy, chefe adjunta da Polícia Civil de Minas Gerais.>
Um dos boletins de ocorrência anexados à investigação apontou que um grupo conseguiu retirar cerca de 60 toneladas de ferro-gusa das composições em uma única vez. Uma parte da carga foi resgatada pela polícia.>
A corporação também constatou o furto de mais de 1.600 toneladas de ferro-gusa entre dezembro de 2021 a abril de 2022, na ferrovia que liga Belo Horizonte à Vitória, no Espírito Santo. O valor perdido seria capaz de encher 28 vagões ou 91 caminhões de carga.>
"Isso trouxe muita preocupação e naturalmente prejuízo", disse Fausto Varela Cançado, presidente do sindicato da indústria do ferro em Minas Gerais.>
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