Publicado em 9 de janeiro de 2023 às 06:59
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que, após os atos de terrorismos de bolsonaristas em Brasília neste domingo (8), não é mais possível "aturar" os acampamentos golpistas em frente aos quartéis-generais do Exército.>
"Não tem como continuar assim, vamos tomar providência, não tem mais como aturar isso", declarou José Múcio Monteiro em entrevista à TV Globo.>
Múcio, que mantinha uma posição mais tolerante em relação aos atos antidemocráticos, destacou que agora esses grupos atuam como terroristas e, por esse motivo, serão todos desmobilizados.>
Em pronunciamento, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que o governo do Distrito Federal mudou o esquema de segurança na véspera de atos golpistas para liberar pedestres na Esplanada dos Ministérios.>
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"Nos dias que antecederam esses episódios, inéditos no Brasil, houve uma preparação que se baseou nas responsabilidades constitucionais do governo do Distrito Federal. Não obstante, a esse entendimento, nós tivemos uma mudança de orientação administrativa ontem, em que o planejamento que não comportava a entrada de pessoas na Esplanada foi alterado na última hora", declarou.>
"Não houve comunicação da mudança de planejamento. Soube por um órgão de imprensa. Eu li, e [foi algo] para minha surpresa. Imediatamente questionei, e de manhã novamente por escrito. Disse que isso não parecia correto e tive a resposta que tudo estava tranquilo. Antes, eu não tinha autoridade sobre o aparato de segurança. Agora [com a intervenção] eu tenho" acrescentou, na sequência. Durante a coletiva, Dino afirmou que houve "anomalia" nas forças de segurança que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), terá de explicar se foi enganado e por quem.>
INTERVENÇÃO FEDERAL>
Quase três horas após os atos de terrorismo, o presidente Lula anunciou intervenção federal no DF até 31 de dezembro. Ele estava em Araraquara, no interior de São Paulo, quando comunicou a decisão à imprensa.>
No pronunciamento, Lula criticou a gestão de Bolsonaro, chamou os manifestantes de "fascistas" e ressaltou que os responsáveis pelos protestos golpistas e seus financiadores sejam punidos.>
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