> >
Memória seletiva, diz advogado de Bolsonaro sobre depoimento de ex-chefe do Exército

Memória seletiva, diz advogado de Bolsonaro sobre depoimento de ex-chefe do Exército

Fabio Wajngarten destaca fato de general ter dito à PF não se recordar da data de reunião com ex-presidente

Publicado em 15 de março de 2024 às 11:47

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura

SÃO PAULO - Espécie de faz tudo de Jair Bolsonaro, o advogado e ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten criticou nas redes sociais o general Freire Gomes, após o ex-comandante do Exército ter ligado o ex-presidente à minuta golpista encontrada na casa de Anderson Torres.

Wajngarten postou um print de reportagem da Folha de S.Paulo sobre o tema e criticou o fato de o general ter afirmado à PF não se recordar da data exata de uma reunião realizada com Bolsonaro.

Jair Bolsonaro, ex-presidente
Jair Bolsonaro, ex-presidente. ( Eduardo Anizelli/Folhapress)

"Tem General com memória seletiva... Recorda-se de vírgulas e frases e palavras, mas não se recorda de datas. Bem curioso. Mais ainda as defesas não terem nenhum acesso à esse depoimento folclórico", escreveu na legenda.

O ex-comandante do Exército disse à Polícia Federal que a minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres é a mesma versão que foi apresentada pelo ex-presidente aos chefes das Forças Armadas em reunião em dezembro de 2022.

No depoimento, obtido pela Folha, o general afirmou que o documento foi apresentado por Bolsonaro em uma segunda reunião entre os chefes militares e o então presidente da República.

A reunião teria ocorrido após um primeiro encontro, em 7 de dezembro de 2022, no qual o ex-presidente teria apresentado aos chefes militares um documento que listava uma série de supostas interferências do Judiciário no governo — os "considerandos" relatados pelo tenente-coronel Mauro Cid que embasariam a ação golpista.

O depoimento de Freire Gomes à Polícia Federal ocorreu em 1º de março e durou cerca de 7 horas. Ele falou aos investigadores como testemunha.

Segundo o ex-comandante, as minutas apresentadas por Bolsonaro passaram por edições até se chegar ao texto que decretava estado de defesa e criava uma comissão de regularidade eleitoral para apurar a "conformidade e legalidade do processo eleitoral".

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais