Publicado em 15 de outubro de 2020 às 08:52
Jovens saudáveis podem ter que esperar até 2022 para serem vacinados contra o novo coronavírus, afirmou a OMS nesta quarta (14). >
Segundo a cientista-chefe da organização, Soumya Swaminathan, profissionais de saúde, idosos e trabalhadores que lidam com o público mais suscetíveis devem ser os primeiros a serem imunizados quando uma vacina viável estiver disponível.>
"As pessoas tendem a pensar que no dia primeiro de janeiro vão tomar a vacina e tudo vai voltar ao normal. Não vai funcionar assim", afirmou em uma sessão de respostas a perguntas do público.>
Swaminathan estima que vacinas comprovadamente seguras e eficazes contra Covid-19 podem estar disponíveis no próximo ano, mas ainda não em quantidade suficiente para toda a população.>
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"Haverá muitas orientações saindo, mas acho que uma pessoa comum, um jovem saudável, pode ter que esperar até 2022 para receber a vacina", disse ela.>
Em entrevista recente, a OMS afirmou que pode aprovar vacinas que comprovarem 50% de eficácia na imunização contra o coronavírus. No momento, ainda não há produtos chancelados pela organização.>
Mais de dez vacinas estão na fase final de experimentos clínicos, feitos para determinar se são capazes de imunizar e se não provocam efeitos colaterais graves. >
Recentemente, o Sage (grupo de especialistas em imunização da OMS) publicou recomendações (no original) sobre como priorizar a distribuição de vacinas entre diferentes grupos de pessoas.>
A cientista-chefe disse que, conforme forem sendo aprovadas vacinas, haverá novas orientações. >
"A maioria concorda que se deve começar com profissionais de saúde e trabalhadores de linha de frente, mas é preciso definir quais deles estão em maior risco".>
"Precisamos ter certeza de que vacinamos aqueles que estão em maior risco em todos os países antes de vacinarmos todos em alguns países", afirmou a líder técnica da OMS Maria van Kerkhove, na mesma sessão de respostas.>
A OMS voltou a alertar que o fato de que as curvas de mortes por Covid-19 não tenham subido tanto quanto a de novos casos, não se deve baixar a guarda contra a transmissão. "O aumento da mortalidade sempre vem algumas semanas depois do aumento dos casos", disse Swaminathan.>
Mesmo quando não provoca mortes, a infecção por coronavírus pode deixar sequelas de longo prazo, ainda não totalmente conhecidas. Há pesquisas sobre danos cardíacos, pulmonares e neurológicos e, nesta semana, o Reino Unido registrou um caso de perda irreversível de audição.>
Van Kerkhove enfatizou que mesmo sem uma vacina, já há ferramentas comprovadas para impedir a disseminação do coronavírus, como usar máscaras, evitar multidões e lavar as mãos com frequência.>
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